Três vinhos da Califórnia serão servidos na posse de Donald Trump, eleito o 45º presidente dos Estados Unidos, nesta sexta-feira (20), em Washington DC. Até aí, tudo bem, nada mais normal que vinhos nacionais em uma cerimônia nacional desta magnitude. O problema é que entre eles está um "Champagne da Califórnia", algo que pode reabrir feridas entre produtores franceses de Champagne e os Estados Unidos.
Trata-se do Korbel Natural Special Inaugural Cuvée California Champagne, a ser servido na sobremesa com suflê de chocolate e sorvete de baunilha e cereja. A vinícola teve outro rótulo de "Champagne da Califórnia" na posse de Obama há quatro anos, mas a origem (Califórnia) veio suprimida no menu, o que desagradou os franceses.
Um acordo de 2006 entre União Europeia e EUA proíbe o uso da palavra Champagne por novos produtores, mas não era retroativo: ou seja, quem já produzia espumantes com o rótulo de Champagne fica liberado desde que use a procedência - Champagne da Califórnia, de Nova York, etc.
Outros dois vinhos tranquilos, um branco e um tinto, serão servidos nesta sexta: o J. Lohr 2013 Arroyo Vista Chardonnay, de Monterey, servido com lagosta do Maine e camarão com molho de açafrão e torta de amendoim como primeiro prato; e o Delicato Black Stallion 2012 Limited Release, um Cabernet Sauvignon de Napa Valley a ser servido com bife angus com um gratin de batata e chocolate amargo.
Os vinhos tranquilos, que não são vendidos no Brasil, custam em média US$ 25.
Entre as empresas do novo presidente dos EUA está uma vinícola em Virgínia, Trump Winery, que não teve rótulos incluídos na festa de Washington.