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B.O.B.

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Caras novas na capital

Britannica Oatmeal Stout (Brasil, chope)

 Foto: Estadão

Produtor

:

Cervejaria Britannica

, de Valinhos (SP)

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Preço

: R$ 4,50 o copo garotinho no bar Titus, na Bela Vista

Estilo

: Ale / Oatmeal Stout

Teor alc.

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: 4,4%

Cor

: preto sólido, translucidez zero

Espuma

: bege escura, média formação e média a baixa duração

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Aroma

: chocolate, malte torrado, café

Sabor

: Malte torrado, café, chocolate, leve acidez do malte torrado; cremosa, leve nota de esmalte. Corpo médio mas denso, amargor baixo, final adocicado (malte caramelo), seco e torrado moderados, carbonatação média a alta

Nota 3,7 em 5

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-

Boa stout, com notas interessantes de chocolate e malte torrado. Aveia dá cremosidade e densidade ao corpo da cerveja, que do contrário seria médio a baixo. Mais fiel do trio ao estilo.

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Britannica India Pale Ale (Brasil, chope)

 Foto: Estadão

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Preço

: R$ 4,50 o copo garotinho no mesmo bar

Tipo

: India Pale Ale (provavelmente da vertente inglesa)

Teor alc.

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: 6,1%

Cor

: castanho avermelhada, translucidez baixa

Espuma

: cor de pérola, média a alta formação e duração

Aroma

: malte caramelo, tostado, leve torrado; perto da temperatura ambiente, surgem notas muito sutis de lúpulo

Sabor

: Malte caramelo inicial, depois notas de lúpulo herbais/amadeiradas; final seco e de malte tostado. Corpo médio a alto, álcool bem presente, gera calor moderado na boca, amargor médio para o estilo, carbonatação média a alta.

Nota3,5 em 5

-

Boa IPA, honesta, com bom amargor e final seco. Mas falta lúpulo mais presente no aroma, dominado pelo malte caramelo.

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Britannica Pale Ale (Brasil, chope)

 Foto: Estadão

Preço

: R$ 7,50 o half pint no mesmo bar

Estilo

: Pale Ale

Teor alc.

: 4,2%

Cor

: dourado escuro, translucidez baixa

Espuma

: branca, média a alta formação e duração, forma laço no copo

Aroma

: Malte, diacetil, adocicado

Sabor

: Malte, leve acidez, leve oxidação metálica, malte tostado suave. Final seco moderado e de malte, amargor médio, corpo médio a baixo (nota alcoólica, com pouco corpo, acaba saindo um pouco do equilíbrio e incomodando na boca); carbonatação média a baixa.

Nota 2,2 em 5

-

A mais fraca do grupo. Faltam malte e lúpulo (poderiam pelo menos colocar mais lúpulos aromáticos). Possivelmente desenhada para ser a "cerveja de trabalho" da marca e não assustar consumidores de industriais. Mas ficou sem personalidade. Também apresentava diacetil, o que não é esperado.

____________________________________ Aproveitando o domingo sonolento pré-plantão, resolvi conhecer duas novidades na capital: o bar Titus, na Bela Vista (fica na Rua Rocha, 370, um pouco acima da Vai-Vai) e os chopes da Britannica, microcervejaria aberta há alguns meses na cidade de Valinhos e especializada em estilos ingleses da nobre fermentada. O Titus, segundo o guia Divirta-se, é o primeiro ponto de venda da marca na cidade de São Paulo. Os chopes são servidos em três tamanhos: garotinho (R$ 4,50), half pint (R$ 7,50) e pint (R$ 14). Há, ainda, carta com 33 cervejas de vários países. Embora fique num local de pouco movimento (há, por ali, apenas um boteco), pareceu simpático - provei, além dos chopes, uma porção generosa de bruschettas de abobrinha. Mas voltando à Britannica, o balanço geral foi de que a marca tem uma "cerveja de trabalho", a pale ale, que ousa pouco e deve atender ao consumidor de marcas industriais, e duas receitas em que tenta se diferenciar um pouco mais (mas não muito) em termos de estilo, a india pale ale e a oatmeal stout. Vale a degustação destas duas últimas. A cervejaria de Valinhos informa, em seu site, que trabalha (ou pretende trabalhar) com casks em alguns pontos de venda. Trata-se de uma forma de acondicionamento das receitas em que o líquido é extraído por meio de uma bomba de mão, sem auxílio de gás carbônico ou nitrogênio, como ocorre em chopeiras. No processo, há contato das receitas com oxigênio, e elas vão mudando de característica com o passar do tempo. Apresentam bem menos carbonatação e espuma do que um chope como o conhecemos no Brasil. As cask ales foram a base para a Campaign for the Real Ale (Camra), movimento inglês para ressuscitar o prestígio das receitas locais, que estava em baixa nas últimas décadas. Espero que a Britannica coloque a experiência - inédita - em prática na capital em breve.

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