FOTOS: Felipe Rau/Estadão
O que você vai ver:
Em uma palavra, é um café bonito. A crema densa e espessa tem microbolhas, não se desfaz facilmente e esconde o líquido escuro. Essa crema exibe uma cor que se costuma se chamar de avelã avermelhada (ou caramelo avermelhado). Quer um teste simples? Pegue uma colher e mexa três vezes a crema. Veja se ela volta para o lugar. Se sim, você está diante de um campeão.
Sabor:
Característico do grão. Nos especiais, doçura, acidez, corpo. É uma bebida agradável.
Como ele consegue?
O expresso ideal demora entre 20 e 30 segundos para ficar pronto e contém de 25 a 35 mililitros se contados bebida e creme.
SUBEXTRAÍDO
O que você vai ver:
Crema clara, pouco espessa, que se abre facilmente e com muitas bolhas.
Sabor:
Aguado, insosso. É uma bebida que não se completou. Já viu "água de batata"?
Como ele consegue?
Acontece quando o barista deixa o grão muito espesso ou mal compactado. No momento da extração, a água desce rapidamente à xícara, sem o contato necessário com o café.
SUPEREXTRAÍDO
O que você vai ver:
Aspecto marrom escuro da crema, com uma mancha branca. À volta, perto da borda, é preta, um sinal de que a bebida foi queimada.
Sabor:
Muito amargor e adstringência. Nem de longe lembra o café agradável.
Como ele consegue?
Uso de pó muito fino ou demasiadamente compactado. A água demora demais a passar pelo café. Assim, se você perceber que a bebida está demorando a cair na xícara e que, quando cai, pinga em gotinhas lentas, pode apostar que será um caso de superextração.