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A faca e o pão

O pão ao levain, feito com os fermentos lá de casa, tem se revelado um verdadeiro destruidor de facas. No bom sentido, digamos. Pois é um prazer rasgar um filão cascudo, dourado, de aroma fungal e complexo. Foram duas só nas últimas semanas, acometidas pelo mesmo problema: a lâmina não aguentou e se soltou do cabo. Aquela velha mania de pegar as coisas que estão mais à mão, mas nem sempre são as mais apropriadas. Em ambos os casos, tratava-se de pão já de um ou dois dias (ele dura bem mais; é só manter embrulhado em um pano, fatiar e aquecer na chapa na hora de comer). Creio que agora a questão se resolveu. Minha mulher comprou uma faca adequada, com cabo e lâmina formando uma peça única, de serra poderosa, comme il faut. Se não der certo, parto então para o serrote (ou saio em busca das lendárias facas Ginsu). (Um adendo importante, a ser desenvolvido em outro post. Muitos puristas defendem - entre eles, o expert Henri Granier - que as facas mais adequadas para o pain au levain não têm serra. São os couteaux mais longos e finos. A serra, dizem, quebra por demais a casca, provoca rachaduras...)

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