O que signifca esta pitoresca foto abrindo o primeiro post depois das férias? Cinzas? Pedras e areia? Eu explico. Lembram-se do nosso levain, aquele que criamos coletivamente aqui no blog? Pois ele ficou assim para que eu pudesse viajar. Meus outros fermentos naturais ? de farinha branca ? eu congelei. Mas este, preferi secar. É seguro e garante um bom tempo de duração sem precisar refrescar.
O método é assim. Começa-se despejando o conteúdo do pote sobre uma assadeira, por exemplo, distribuindo bem para que se forme uma camada fina. Depois, é preciso esperar secar, deixar que toda a parte líquida evapore. Pode levar um ou mais dias, depende da temperatura ambiente. Quando estiver bem seco, basta raspar a tal camada, juntar tudo, guardar num recipiente fechado, no armário mesmo. Mas é fundamental que esteja sem umidade, para que não apodreça. Na volta, basta molhar, realimentar... e prosseguir a atividade. Meu levain, aliás, está em pleno processo de rehidratação.
Agora, o curioso é o seguinte. Levei um pouco do fermento desidratado na mala (que as autoridades sanitárias não nos leiam, por favor). E nosso levain virou pão lá na distante Bretanha, preparado com farinhas especialíssimas, compradas diretamente no moinho. Um privilégio, diga-se, que eu relatarei em detalhes.
Feito este arrozoado, inauguro aqui a retomada dos posts, com muitos relatos de viagem pela França e pela Itália. É bom voltar.