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Boa fornada

Acharam, pela chamada do post, que eu ia falar de pão? Não é. É sobre livros. Prometo, para breve, um comentário mais longo e esmiuçado. Mas só para não perder o calor dos fatos: tenho do gostado da recente fornada produzida por alguns de nossos chefs. Cito aqui quatro títulos recentes, de estilos muito diferentes. ?Eu Sou do Camarão Ensopadinho com Chuchu?, de Roberta Sudbrack (do restaurante homônimo, no Rio), já publicado há uns poucos meses meses. Cozinha de Origem, de Thiago Castanho (Remanso do Peixe e Remanso do Bosque, em Belém), e Intepretações do Gosto, de Mônica Rangel (Gosto com Gosto, em Visconde de Mauá), lançados há alguns dias. E Brasil à Mesa, de Heloisa Bacellar (do Lá da Venda), que acaba de sair. Todos apresentam pontos de vista muito particulares sobre o ofício de cozinheiro, ingredientes e receitas clássicas brasileiras ? e, principalmente, sobre o seu próprio jeito de abordar a culinária, sempre muito mais como artesanato do que como arte. Tratando de pratos de domínio da tradição, por assim dizer, ou em sugestões mais autorais, esse quarteto de publicações não é apenas a expressão de personalidades singulares da nossa restauração. Suas páginas carregam um sentido de prestar serviço ao leitor/cozinheiro/comilão. É a cozinha nacional/regional que se manifesta ora com propostas, ora mais filosófica, ora simplesmente mais celebratória do cotidiano. Livros que tratam com naturalidade, com orgulho-sem-ufanismo, com prazer, o simples e definidor fato de serem profissionais da cozinha brasileira. Procurem na livrarias, confiram. E, melhor ainda, agucem os ouvidos para as histórias (seja em crônica ou em forma de receita) que eles têm a contar.

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