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Bufê ou balcão?

Quem conhece o Hideki sabe que o restaurante, no almoço, serve um bem razoável bufê de comida japonesa. Há frios e quentes, de sashimi e sushi a empanados etc e tal. O preço costumava compensar, para um almoço rápido, sempre tendo em conta que o nível da comida no self-service, obviamente, não é igual ao do balcão. Mas, dentro do que a produção em larga escala permite, a casa sempre zelou pela qualidade dos peixes, ainda que ela já tenha sido melhor. Isso, quando custava R$ 50 (de sexta a domingo; no demais dias, era R$ 45). Agora, o bufê, por pessoa, foi para R$ 60 - um aumento de 20%, bastante expressivo. Independentemente de valores ou critérios, me apego ao seguinte. Neste patamar, esta alternativa já não compensa mais. Ok, no bufê come-se à vontade, e tem gente que realmente é boa de garfo (ou de ohashi, caso prefiram). Mas para quem se satisfaz com doses, digamos, normais, o balcão já começa a ficar mais atraente - e, aí, não necessariamente no referido restaurante. Pedindo unidades de niguiris com os peixes da época, os famosos bons e baratos, dá para fazer uma refeição por esse preço, talvez por um pouco mais (sem provar iguarias, diga-se). Só que aí entra o tal do custo/benefício: o sushi, saindo ali na hora da mão do sushiman, é incomparavelmente melhor. O arroz, obviamente, é muito superior. O peixe, em textura, em acabamento, é muito mais bem trabalhado. É, enfim, uma outra experiência. Ou seja: aquilo que era atraente num certo esquema, deixa de sê-lo. O aumento de preços, por sinal, não é exclusividade do Hideki. Na semana passada visitei o reaberto Caverna Bugre, que passou por uma longa reforma (o texto saiu no Guia de 14/08), e um outro aumento foi notado (em torno de 5%). Uma vez que o público de restaurantes não pareça estar em seu momento mais exuberante, não é uma política de negócios um tanto estranha?

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