Reforma. Maní fecha no dia 23, mas volta funcionar em 7/1 no Manioca. FOTO: José Patrício/Estadão
Entre a abertura, em 2006, e o momento atual, o restaurante viu seu status mudar de forma vertiginosa, de endereço promissor a referência internacional. Mas a essência permanece: Helena Rizzo e Daniel Redondo estão sempre na cozinha, pesquisando e apresentando pratos com margem de acerto sem paralelo. Os novos pratos seguem a mesma linha. O escondidinho de carne-seca (R$ 38), preparado a partir da técnica da esferificação, e o tutano (R$ 42) com falso osso de pupunha são entradas que, mesmo enganando os olhos, são autoexplicativas a partir da primeira garfada. O arroz de frango com quiabo (R$ 66) mistura os arroces caldosos à espanhola com o acento mineiro. A costelinha com canelone de pé de porco (R$ 76) é uma ode à versatilidade suína. O fideuá ? massa fina e curta típica da região valenciana ? com lagostim (R$ 74) revela o destemor dos chefs em levar à mesa um crustáceo deliciosamente ao ponto. Enfim, novidades como essas, às quais acrescento o mil-folhas com sorvete de lírio-do-brejo, me fazem pensar que visitar o Maní se tornou mais do que a certeza de uma refeição sem reparos. É quase uma forma de renovar a fé na gastronomia de São Paulo.
Por que este restaurante?
Porque é um dos melhores do Brasil e passará por uma reforma que deve terminar em março (a casa reabre em 7 de janeiro, no vizinho Manioca). Pelos pratos novos.
Vale?
Seja pela carta, ou pelo menu temporada, em cinco tempos, a R$ 175, vale.
SERVIÇO - Maní
R. Joaquim Antunes, 210/212 Tel.: 3085-4148 Horário de funcionamento: 12h/15h e 20h/23h30 (5ª e 6ª até 0h; sáb., 13h/16h e 20h30/0h30; dom., só almoço, 13h/16h30; fecha 2ª)