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Mulher bebe meia

Escolhido o vinho para o almoço - na verdade, um pichet, para mim e para minha mulher -, a sommelière se apresentou com taças, garrafa e todo o seu arsenal. Numa bela performance, ofereceu-me uma amostra para que eu experimentasse; avinhou os copos; adicionou a medida exata na petite carafe; serviu-nos. A refeição seguia bem (o restaurante? é o objeto de meu texto de amanhã, no Paladar), bons pratos, clima agradável. Um dos garçons, boa praça, passou por nossa mesa. Olhou para minha taça, que estava mais para vazia. Não teve dúvidas: pegou o pichet, por sua vez também mais ou menos na metade, virou tudo no meu copo e continuou seu caminho. Sem titubear. Não teve tempo de ouvir minha mulher falar: "Ué, é só homem que toma vinho?". Obviamente eu peguei meu copo e dividi o líquido (um branco italiano) com ela. Seguimos com nosso almoço, rindo da situação. Mas não foi a primeira vez, nem será a última. Será que os garçons acham mesmo que tem de servir menos bebida para as mulheres? Será que eles pensam mesmo que devem decidir quem deve beber, e quanto? Voltemos o filme, até o momento exato da cena em que ele se aproxima da mesa. Não seria mais sensato ele simplesmente perguntar: "A senhora quer mais vinho?". Pronto, estava resolvido. Isso me lembrou um post antigo, cujo título era auto-explicativo: 'Deixa que eu tomo conta da garrafa'.

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