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Porções individuais

A reportagem de capa do Paladar desta quinta trata de um assunto interessante, de forma geral - e mais ainda no caso de quem mora sozinho. A matéria fala sobre as possibilidades de preparar, em porção individual e com sucesso, pratos e quitutes que, em tese, são coletivos. Feijoada. Ou um simples bolo. Há truques, há técnicas, há regras de bom senso. Lembrei, claro, dos tempos em que morava sozinho. Eu confesso, sob risco de parecer pernóstico: naquele período, eu não comia lâmen de pacotinho; nem usava caldo de cubinho; nem tampouco massa de tomate. Juro. Sempre preparei minha comida - e gostava disso, o que é imprescindível - com um mínimo de esmero. Não que cozinhasse todo dia. Muitas vezes comia na rua. Em outras ocasiões, improvisava só um sanduíche, ou me virava com alguma bobagem. Mas, quando me metia a fazer algo, era tentando um bom resultado. Foi naquela época (acho que faz uns dezesseis anos...) que comecei a arriscar os primeiros pães. Não mexia ainda com fermentação natural: era fermento biológico, mesmo, o industrialzão. Mas enveredava por banettes, baguettes e coisas do gênero. Já era divertido, ainda que, pensando retrospectivamente, fossem tentativas toscas. Dentro do possível, enfim, eu me defendia. Com dignidade.

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