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Pratos da noite

Só uma digressão rápida. Examinando o cardápio de alguns bares de perfil retrô e andando por alguns restaurantes mais à antiga, vejo que os chamados "pratos da noite" continuam firmes e fortes (em todos os sentidos). Falo de steak Diana, filé ao molho mostarda, picadinho, entre outros. Acho mesmo interessante que muita gente continue a prepará-los. E que outros tantos continuem a pedi-los. Volta e meia eu conversava sobre esse tema com o Saul Galvão: como uma certa cozinha internacional foi se transformando numa coisa meio paulistana, para derivar para uma culinária de saudosistas, de notívagos etc. O curioso é notar que, à luz dos hábitos contemporâneos, à luz da moderna dietética, eles não parecem nada recomendáveis para a noite: tem carne bovina, molhos encorpados, guarnições generosas. Mas é importante lembrar que tais criações, na verdade, eram o combustível da turma da madrugada. Era só pensar: se a ideia era aguentar o tranco até o sol raiar, por que não bater um filezão às três da manhã? Hoje, é mais provável que a garotada tome energéticos enquanto dança numa casa noturna e termine a soirée comendo temaki ou pizza em pedaço. Comida sem talher, enfim. Mas é notável que os steaks e cia sigam entre as preferências do público que nunca dorme cedo.

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