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Chez Saul ? 27.04.2007 - Acqua Santa

A cozinha do experiente e competente chef italiano Luciano Pollarini combinou perfeitamente com o ambiente aconchegante do Acqua Santa, um misto de loja de vinhos e restaurante. É mesmo muito agradável jantar cercado de garrafas de vinhos dispostas em caprichados casulos de madeira. O Acqua Santa começou como uma importadora de vinhos italianos, muitos dos quais bem bons e que fogem da rotina, como o Feudo Arancia 2005, provado no jantar, um branco feito com a Grillo, uma uva siciliana. Cada vinho servido é acompanhado por um cartão que informa os detalhes do produto e de seu serviço. Um detalhe A Enoteca Acqua Santa sempre foi simpática e gostosa, com suas mesinhas quase na calçada, muitas prateleiras, tapetes antigos, iluminação discreta e pôsteres evocando o vinho. Ela servia também alguns pratos simples para acompanhar as bebidas. Agora, a casa deu uma virada completa, assumiu o seu lado restaurante. A jovem e elegante Adriana, entusiasta e conhecedora dos tintos e brancos italianos, assumiu com muita classe a recepção dos clientes e o comando do salão, enquanto Pollarini reformou a cozinha, onde prepara receitas baseadas na tradição de seu pais, muitas das quais voltadas para o mar. No Rio de Janeiro, ele foi chef do Arlecchino, que se celebrizou pelos frutos do mar. Em São Paulo, passou rapidamente pelo Pallazzo Grimaldi. No Acqua Santa ele propõe uma cardápio conciso e atraente (cinco entradas, seis massas e risotos e seis pratos principais). Nos almoços, menu mais condensado e sugestões do dia a R$ 33 (entrada, primo piatto, prato principal e sobremesa). Ótimas massas, como o ravióli de peixe e camarão ao sugo de tomate (massa al dente, molho ótimo, com alguns pequenos camarões e um toque ao fundo de limão siciliano, deixando entrever o sabor do recheio, R$ 36). Um espetáculo a lasanha verde tradicional, que poderia ter chegado à mesa mais quente. Uma das melhores que comi ultimamente, com ragú feito com carne de porco e de boi e molho bechamel (R$ 35). Justifica a visita. Luciano não foi feliz no filé de robalo ao molho de trufas pretas (até grelhado no ponto, mas sem muito gosto, R$ 56). Em compensação, terminou a série de pratos com excelente costeletas de cordeiro servidas com uma caponata (sequinha, deliciosa, R$ 48). Onde: R. Oscar Freire, 155, jardins, 3081 7909 (40 lug.). Quando: 12h/15h e 18h/1h (sáb., 12h/17h e 18h/1h. Fecha dom. e 2º) Quanto: Cc.: A e V. Couv., R$ 6. Manob.: R$ 10.

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