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Chile e Argentina ? Papa Bento XVI

No que diz respeito aos vinhos, sempre levando em conta os produtos que estão sendo divulgados, Bento XVI deverá levar do Brasil uma ótima imagem do Chile e, numa escala menor, da Argentina. Ele vai poder provar, se tiver tempo e disposição, dois dos melhores vinhos da América do Sul, o Dom Melchor 2001, o florão da tropa da Concha y Toro, um corte de Cabernet Sauvignon com Cabernet Franc e o Seña 2001, que nasceu de uma associação do produtor Chadwick (laia-se Errazuriz) e o grande Robert Mondavi, da Califórnia, elaborado com Cabernet Sauvngon, Merlot e Carmenère. Dois ótimos tintos, de ótimos anos, para ninguém (nem Sua Santidade, muito provavelmente) botar defeito. De Mendoza, Argentina, um outro tinto de classe, encorpado, intenso, concentrado e potente, o Perdriel del Centenário Edición Limitada 2003, corte de Cabernet Sauvignon com Merlot. Pouco se sabe das preferências papais, mas foi anunciado que ele dispensa os frutos do mar, que gostam da companhia dos brancos. Em todo caso, o Sumo Pontífice deverá ficar bem servido se apreciar os feitos com a uva Chardonnay que estão na moda, ou seja encorpados, bastante marcados pelo carvalho, como dois do Chile, Arboleda 2005 (gostoso, com bom equilíbrio, fresco) e Amélia Chardonnay 2005 (com bastante carvalho mesmo) e o da Argentina. O Chardonnay Q de Zuccardi 2004 (no mesmo diapasão e que deve ser provado agora). Para após o jantar, há o Malamado da vinícola Zuccardi, um tinto muito particular, um vinho fortificado, imitação do Porto, feito com a uva Malbec. Muito agradável, surpreendente, o vinho de sobremesa uruguaio Juanicó Família Deicas Botrytis Noble Cosecha Tardia, 2003. Um Sauvignon Blanc feito à moda do Sauternes, muito aromático, no qual se nota a botritis, a chamada "podridão nobre". Doce, sem ser enjoativo. Apenas não deverá acompanhar as sobremesas brasileiras, que são doces mesmo. Na sobremesa, o vinho deve ter mais açúcar que o doce.

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