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Dom Pérignon por US$ 50. Mas sem uva

Empresa americana quer democratizar os bons vinhos então decidiu recriar os melhores rótulos em laboratório

Três amigos tiveram uma epifania: e se o Château Montelena 1973, aquele que venceu o Julgamento de Paris, a célebre degustação em que vinhos americanos bateram os franceses em 1976, estivesse ao alcance de todos? E se fosse vendido por um preço que todos possam pagar? 

Para se ter ideia do que isso significa, basta dizer que o mesmo vinho é hoje (dificilmente) encontrado no mercado por cerca de US$ 11 mil. E a partir dessa ideia fizeram a Ava Winery, uma empresa de biotecnologia de San Francisco, que nasceu com a premissa de “democratizar os vinhos”. Acontece que esses vinhos são feitos sem uvas ou processo de fermentação, apenas com “reprodução molecular”. 

Ciência. Laboratório da Ava faz réplica de champanhe. Foto: Divulgação

A ideia inicial era reproduzir apenas o Château Montelena, mas os dois cientistas que comandam o projeto trabalham atualmente na reprodução do Champagne Dom Pérignon pelo mesmo método, sem uvas. A bebida já está em pré-venda pela internet a US$ 50.

“Em breve vamos estudar outros vinhos. A ideia é vendê-los nos canais tradicionais de varejo de seis meses a um ano”, diz Alec Lee, sócio-fundador da AVA, que além de ter estudado biotecnologia, formou-se em negócios na Harvard Business School. O terceiro sócio é um sommelier profissional.

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