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Linha do tempo dos vinhos

A história da vitivinicultura no mundo

Linha do tempo dos vinhosFoto:

Inicialmente, no tempo das Grandes Navegações do século 16, a madeira era valorizada pela capacidade de resistir aos impactos nos porões dos navios. Depois, manteve a importância porque os barris podem ser agrupados e empilhados na vinícola. Mas, com o tempo e a evolução da enologia, a madeira passou a ser valorizada, especialmente por aportar características interessantes aos vinhos e destilados. Baunilha, café, cacau, toffee, cravo, canela e coco são apenas alguns dos aromas que nascem em uma barrica.

6000-5000 a.C. Primeiros indícios de vinho, produzido no Cáucaso (Armênia e Geórgia).

2500 a.C. Gregos exportavam seus vinhos para povos da Rússia, Mediterrâneo e Egito em jarras e ânforas de barro.

FOTO: Divulgação

Séc. 3º Romanos aprendem com gauleses a utilizar barris de carvalho, mais resistentes, que aportam sabores mais agradáveis aos vinhos.

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LEIA MAIS + A vez dos vinhos sem-barrica +  ‘Madeira deve respeitar vinho’

Sécs. 15 e 16 Era das Grandes Navegações. O vinho armazenado em grandes barris de carvalho era utilizado como lastro para os navios e também como alimento, fonte de calorias.

Monges já bebiam vinho com madeira. FOTO: Reprodução

Meados do séc. 17 A França estabelece regulamentos para a administração dos bosques de carvalho por causa do grande uso da madeira e do ritmo lento de crescimento da árvore (200 anos até chegar à fase adulta).

1866 Decreto define que as barricas de Bordeaux devem ter 225 litros (59 galões), formato exclusivo da região que evitaria falsificações, pois os vinhos eram exportados nas barricas.

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Fim da década de 1930 Renascimento da produção de vinhos californianos no pós-Lei Seca, com barricas importadas da França.

1960 Começa o uso de tanques de aço inox com controle de temperatura. Pesquisas mostram as qualidades aportadas aos vinhos pelas barricas de carvalho.

Julgamento de Paris. FOTO: Divulgação

Década de 1970 Após o Julgamento de Paris, os vinhos com intensa presença de madeira de estilo americano ganham força. Com as mesmas variedades de uvas e barricas da França, os potentes e alcoólicos vinhos americanos conseguiram superar muitos rótulos icônicos franceses.

1980 Começa o uso de chips e tábuas de carvalho como forma de simular a passagem por barrica a um custo mais baixo e em menor tempo.

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Década de 1990 Vinhos exuberantes e baratos do Novo Mundo caem no gosto do consumidor, seguindo a receita de muita fruta e muita madeira.

FOTO: Eric Risberg/AP

2005 União Europeia relaxa a legislação e permite o uso de chips e tábuas em vinhos de nível regional (vins de pays).

Hoje Equilíbrio, terroir e resgate de antigas tradições vigoram como tendência. O excesso de madeira na produção do vinho começa a cair em desuso.

>>Veja a íntegra da edição do Paladar de 06/11/2014

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