Em regiões com tradição vitivinícola, a renovação geracional é constante. Mas nem sempre é fácil. Disputas entre irmãos podem levar célebres casas a serem incorporadas por grandes grupos, caso do Château d’Yquem – vendido à LVMH depois de confusões familiares. Por outro lado, os jovens têm de rebolar para alcançar respeito no mercado e, às vezes, dentro das próprias vinícolas.
Em Portugal, um grupo de seis jovens enólogos na faixa dos 20 anos resolveu se juntar para ter espaço e respeito. “Ser ‘young’ é um defeito de caráter que só o tempo cura. Já ser ‘winemaker’ supõe-se que é o tipo de virtude que melhora com cada vindima, cada estágio, cada vinho provado”, explicam em manifesto os Young Winemakers of Portugal – Luis Patrão, da Vadio; Diogo Campilho e Pedro Pinhão, da Hobby; João Maria Cabral, da Camaleão; Pedro Barbosa, da Clip; e Rita Marques, da Conceito.
Na semana passada, duas jovens enólogas expoentes do Novo e do Velho mundos trouxeram seus vinhos a São Paulo: Teresita Ovalle, uma das três chefes da Viña Carmen, que aos 25 anos assina a linha artesanal Carmen DO; e Chiara Abbona, da vinícola Abbona, que entrou no negócio da família no Piemonte aos 20. Hoje, aos 29, é quem viaja o mundo para apresentar o catálogo e é responsável pela criação do primeiro espumante da família.
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