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Bebida

Syrah ou Shiraz? Não importa, a uva produz vinhos coringas

A versatilidade é a marca dessa uva francesa, capaz de dar bons vinhos leves ou encorpados, com ou sem passagem por madeira, em várias partes do mundo. Para completar, há boa oferta em diferentes faixas de preço

 . Foto: JF Diorio|Estadão Foto: JF Diorio|Estadão

Versatilidade é a característica que melhor define a Syrah ou Shiraz e os vinhos que produz. Essa uva está presente em diferentes países e regiões do mundo e se dá bem tanto em climas um pouco mais quentes como um pouco mais frios. 

  Foto: JF Diorio|Estadão

O Rhône, na França, sabe-se hoje por exames de DNA, é seu berço, de fato e de direito. Com isso, caiu por terra a teoria certamente mais romântica que atribuía essa paternidade à região em torno da cidade de Shiraz, na antiga Pérsia (hoje Irã), o que explicaria o nome pelo qual é conhecida em países como Austrália e África do Sul. 

O DNA sepultou também a hipótese de que a uva teria chegado à Europa via Siracusa, na Sicília. Diferenças de grafia e de pronúncia à parte, a Syrah ou Shiraz marca presença também em Itália, Espanha, Portugal, Estados Unidos, Chile, Argentina e até no Brasil. E produz vinhos atraentes em todos eles.

A versatilidade se revela igualmente no fato de que ela produz exemplares mais leves ou mais encorpados, com ou sem passagem por carvalho. Em comum, revela muita fruta, notas de especiarias que lembram pimenta negra e, de modo geral, tem álcool na faixa dos 14%. 

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Por tudo isso, e pela boa acidez, esses tintos são bons coringas para se levar à mesa. Por último, mas razão não menos importante nesses tempos de vacas magras, há boa oferta de vinhos à base de Syrah em diferentes faixas de preço. 

Para essa degustação, em linha com a austeridade que a conjuntura recomenda, focamos exemplares com preço de até R$ 120 (um deles custa menos de R$ 70 a garrafa). Curiosamente, a única exceção e vinho mais caro do painel foi o representante do Brasil, da vinícola Guaspari, considerado por muitos críticos o melhor Syrah produzido no País. 

Dois experientes degustadores foram convocados para avaliar comigo os cinco vinhos selecionados: o médico André Logaldi, diretor da Associação Brasileira de Sommeliers – São Paulo (ABS); e o sommelier Tiago Locatelli, um dos mais premiados do Brasil, do restaurante Varanda, em São Paulo, que gentilmente cedeu seu espaço e as taças para essa degustação.

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