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Bebida

"Tintim" com cerveja e cachaça

"Tintim" com cerveja e cachaçaFoto:

Por Daniel Telles MarquesEspecial para o Estado

Era uma tradição mineira: ao lado da cerveja, uma dose de cachaça. E como “quando a tradição se encontra com a inovação a história evolui”, virou mote para casar boas cervejas com cachaças de qualidade.

FOTOS: Fernando Sciarra/Estadão

“Na maioria das harmonizações, a gente está pensando em complementos”, disse Paulo Leite, mineiro, cachaceiro e cervejeiro, responsável por conduzir a degustação “Cerveja e Cachaça”. Pensar que álcool e álcool se complementam para explicar a frase de Paulo é pouco para entender a proposta. Ele queria que os sabores se completassem.

A “brincadeira” começou com uma Vedette (cerveja branca, clássico belga) e uma cachaça branca, Encantos da Marquesa. “Cachaças brancas têm uma picância e sabores da cana”, que casaram bem com a leveza e o potencial aromático da witbier, temperada com sementes de coentro e cascas de laranja.

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Seguiu-se a experiência mais radical da tarde. “Quem quiser arriscar, pode jogar uma dose (da cachaça) dentro da cerveja”, pediu Paulo já no segundo gole da belga Lifferman Curvee, acompanhada da Capela de Minas. “Ela é muito doce e falta álcool. Acho que a cachaça dá uma arredondada”, disse.

“Essa ideia nasceu de um submarino”, contou — quando se coloca um copo invertido com uma dose de Steinhaeger e completa-se com cerveja. Se um dos caminhos das harmonizações é a busca por similaridades, beber a Backer Bravo, portter maturada em barris de amburana por onde passou cachaça, acompanhada de uma cachaça maturada em amburana é o casamento perfeito. “Esse é um tintim”, disse, batendo as próprias taças de cachaça com a de cerveja.

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