A Amazon do Reino Unido proibiu a venda de foie gras em seu site. A tradicional iguaria da culinária francesa, que na tradução literal significa “fígado gordo”, não poderá mais ser anunciada no site da empresa na região. A Amazon atendeu a reivindicações de ativistas de defesa dos animais, contrários ao método de gavagem.
A produção de foie gras no Reino Unido já era proibida, mas a compra importada é legal. O argumento para a proibição é a crueldade do método de alimentação forçada, adotada para engordar o fígado de patos e gansos.
A proibição inclui todos os itens “que contêm foie gras” e “produtos à base de baleia, golfinhos, tubarão-elefante (incluindo o marfim) ou outros animais ameaçados de extinção”. A decisão da filial inglesa já causou repercussões na França, onde o foie gras é um ícone da gastronomia.
“Lamentamos a decisão do Amazon”, afirmou o ministro de Agricultura francês, Guillaume Garot. “Quero reiterar que os produtores franceses se esforçam há anos para manter uma verdadeira qualidade do produto respeitando o bem-estar dos animais.”
Prato com foie gras do Le Vin Bistrô. FOTO: Divulgação
Por aqui. Em São Paulo, o vereador Laércio Benko, do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), propôs na Câmara Municipal um projeto de lei para proibir o consumo do foie gras na capital paulista, que foi aprovado em primeira votação. O debate ainda está em aberto, uma vez que o parlamentar diz que concorda em dialogar com chefs, produtores, imprensa e consumidores.
Existem outros tipos de criadouros, em que as aves são submetidas a diferentes técnicas de alimentação que não a gavagem. Dependendo dos rumos da discussão, o vereador admite a possibilidade da proposta de proibição se alterar para uma em que o foie gras só possa ser servido se receber um certificado de produção sustentável.
/ Colaborou Carlo Cauti, especial para o Estado