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Brasileiro lidera campanha de alerta

Por Júnior MilérioEspecial para o Estado

Brasileiro lidera campanha de alertaFoto:

Foi lançada este mês, em Kiev, na Ucrânia, uma campanha mundial para conscientizar a população a respeito da ameaça às abelhas – e também para esclarecer quais as consequências do sumiço dessas polinizadoras para humanidade.

Capitaneada pelo brasileiro Lionel Segui Gonçalves, fundador do Centro Tecnológico de Apicultura e Meliponicultura (Cetapis), em Mossoró, a campanha Bee or not to be foi apresentada no maior congresso de apicultura do mundo, o Apimondia. (O nome faz um trocadilho em inglês entre o verbo ser, to be, e abelha, bee).

O evento reuniu mais de cem países e o Brasil foi representado por cerca de 100 apicultores. No lançamento da campanha, instituições brasileiras e do exterior declararam apoio à iniciativa. Entre os nomes, estão a Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), Associação Brasileira de Exportadores de Mel (Abemel), Federação Iberolatinoamericana de Apicultura (Filapi) e a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).

Segundo Lionel, que estuda o CCD (colony collapse disorder) há mais de quatro anos, a campanha tem como objetivo dar visibilidade ao problema. Para ele, é preciso incentivar o desenvolvimento do controle biológico de pragas, dispensando, assim, o uso de pesticidas tóxicos, que estão entre os principais suspeitos de causar a síndrome.

“Ignorar as abelhas é ir contra os princípios da sustentabilidade, e pagaremos um preço alto no futuro por subestimar a evolução desse problema” diz.

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A nutricionista Neide Rigo e o produtor Jerônimo Villas-Boas fazem a colheita do mel de abelhas jataí­ que Neide cria em sua casa, na Lapa, zona oeste de São Paulo. FOTO: Hélvio Romero/Estadão

Para ajudar, floreie

- Proteja o habitat das abelhas. - Cultive em casa, nos parques e bosques da sua cidade plantas da flora apícola, com pólen e néctar abundantes. - Se você é produtor, plante corredores de flora apícola entre as culturas agrícolas, principalmente nas áreas de monocultura. - Dê preferência ao controle biológico de pragas no lugar do uso de pesticidas. - Diante de uma situação de risco com abelhas com ferrão, procure por um apicultor ou pelo Corpo de Bombeiros. - Desenvolva práticas ecológicas, que se apoiem em conceitos de sustentabilidade. - Assine e compartilhe o manifesto em defesa das abelhas no site semabelhasemalimento.com.br

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>> Veja a íntegra da edição do Paladar de 31/10/2013

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