Para participar de uma brassagem aberta é preciso ficar atento à programação. O Pier 1327 as promove com frequência e a associação de cervejeiros Acerva Paulista tem um calendário com brassagens eventuais. Elas são um ótimo jeito de entender como se faz e o que é a cerveja – mesmo que você já saiba que ela é malte, lúpulo, água e fermento.
Se você fica confuso quando ouve o termo malte – e pensa em ovomaltine e uísque single malt e fica ainda mais confuso – ver uma brassagem resolve de uma vez por todas esse mistério.
Mas vamos a uma tentativa – para ninguém chegar cru à nova turma. O malte é a cevada (ou outro grão) que passa por um processo em que, submetida a umidade e calor, acha que é primavera e começa a germinar. A germinação é interrompida por secagem e, pronto, isso é malte.
Esse processo serve para que se formem enzimas que quebram o amido em açúcares menores. Isso está ligado à equação básica da cerveja: o fermento transforma o açúcar em álcool e gás carbônico. Só que o amido é um açúcar grande, que o fermento não consegue “comer”. E se o fermento não fermenta, não tem cerveja. As tais enzimas entram aí: elas quebram o amido em açúcares menores, que o fermento consegue fermentar.
Outro mistério que é bom já resolver logo: o lúpulo é uma flor que tem como principal tarefa dar amargor à cerveja.
De toda forma, a verdade é que para entrar nessa turma é só ir chegando. O que esses caras mais querem é que bastante gente entre para a turma e ajude a enriquecer a cultura cervejeira no Brasil.