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Café, macarronada e literatura

Café, macarronada e literaturaFoto:

Humberto Werneck(foto) esteve no 6° Paladar – Cozinha do Brasil para misturar gastronomia com literatura, comentando passagens de livros de Pedro Nava, que espalhou descrições impecáveis de pratos e cozinhas em sua obra.

Como quem lê pela primeira vez, o escritor e colunista do Estado citou algumas de suas passagens preferidas dos quatro primeiros livros de Nava, que considera os melhores de toda a produção. “Despejava a mistura fervida, por uma das deusas escuras da cozinha. Vejam só, como esse cara falava de um simples café!”, disse, entusiasmado.

Em outro momento da palestra, o que mais arrancou sorrisos da plateia, Werneck leu a descrição feita pelo autor brasileiro de uma macarronada. “Uma sólida macarronada, acompanhada dum Chianti, gratificante como hemorragia às avessas, transfundindo no sangue ectasia que levantou nossos corações”.

A conversa durou mais que o planejado. Foram 2 horas das descrições naturalistas, cheias de sabores e ruídos. Lembrou das conversas que tiveram, do retrato que Nava fez de seu avô e do suicídio que levou o amigo.

No final, disse que gostaria que a conversa despertasse em cada um a vontade de procurar os livros de Pedro Navas. “O que fica é o enorme apetite que Navas tinha pela vida, que, quando ele perdeu, afetou suas obras, acabou com tudo”.

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