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Copos se tocam no beco das garrafas

Gabriela Monteleone participou de duelo de harmonizações. Foto: Felipe Rau/AE

Copos se tocam no beco das garrafasFoto:

O Paladar – Cozinha do Brasil tem seu beco das garrafas. É a primeira travessa à esquerda da entrada principal. Ali acontecem as degustações de vinho, cerveja, cachaça e demais bebidas. E, neste ano, as garrafas ganharam também a avenida principal. No sábado à noite, às 20h30, Luiz Horta, colunista do Paladar – classificado como segundo jornalista de vinhos mais influente no Brasil pela publicação Meininger’s Wine Business International –, e Heloisa Lupinacci, editora-assistente do Paladar, fizeram um Enoxamanismo, jogo com vinho, música e arte, propondo um olhar brincalhão.

Ao fim da tarde de domingo, os namorados Manoel Beato (sommelier-chefe do Grupo Fasano) e Gabriela Monteleone (sommelière do D.O.M.) promoveram um Duelo de Harmonização em que combinaram vinhos com pratos preparados por Henrique Fogaça, do SAL Gastronomia. Mas ninguém se esqueceu de dobrar à esquerda. Cervejas, vinhos, toda sorte de destilados e até hidromel conduziram caravanas ao local. Tudo isso com início na tarde da sexta-feira, com muita história engarrafada pela vinícola Vallontano, que fez a primeira degustação vertical fora de sua sede, no Rio Grande do Sul. E o Cabernet surpreendeu.

A Região Sul foi hóspede constante do beco das garrafas. José Luiz Pagliari, enófilo e degustador, trouxe uma passageira pouco conhecida: a Campanha Gaúcha. Com ela, vieram vinhos e espumantes dos pampas. Um pouco mais para cima, da região serrana do Rio Grande e também das terras altas de Santa Catarina, Luiz Horta buscou vinhos brasileiros para uma análise sobre a produção nacional. Horta foi acompanhado por uma águia-canarinho: a brasileira Elizabeth Vianna, que mora há 30 anos nos Estados Unidos e produz seus vinhos por lá. E ainda com um pé próximo ao Chuí, mais vinhos nacionais provaram sua qualidade postos lado a lado com bebidas vindas de fora em mais uma degustação conduzida por Luiz Horta.

Todas as bebidas tiveram seu espaço garantido. Até o hidromel, habitante de castelos medievais e tavernas. Bob Fonseca foi o responsável por essa façanha. O jornalista também passeou pelo caminho das cervejas em outras duas degustações. Uma, harmonizando a bebida com o rock’n’roll; outra, levando a sério a definição de pão líquido, servindo cerveja em um café da manhã.

Para completar o ciclo, os destilados não poderiam ficar de fora. Com Maurício Maia, cachacier e chef de cozinha, os participantes fizeram uma viagem pelo País provando da água que passarinho não bebe. Já Cesar Adames, consultor de destilados, mostrou que cachaça não é o único destilado verde-amarelo, e trouxe outros produtos nacionais na mala.

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Com tantas opções, só faltou misturar com açúcar, gelo e limão, certo? Não. A mistura foi muito bem feita, mas com um toque mais moderno. O mixologista Marco de La Roche chacoalhou o Brasil na coqueteleira.

Depois de três dias de degustações, no beco das garrafas ou na avenida principal, muita gente foi apresentada a novas bebidas. E, na hora de voltar para casa, ninguém errou o caminho.

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