As compras nas madrugadas do Ceagesp são de atacado, por preços em geral 3 vezes mais baixos que os de varejo. Exigem olhar apurado, de quem entende do assunto. Por isso, a frequência é quase exclusiva de feirantes e donos de restaurante que, como Koji, gostam de ver o resultado da pescaria do dia ainda antes de amanhecer, antes que o produto vá parar na feira do dia. Os peixes graúdos são avaliados pela cor, brilho das escamas e olhos. Alguns já têm destino certo: o comprador só vem buscá-los. Outros são escolhidos na hora. Não há propriamente bancas. Cada peixaria estaciona seu caminhão ao lado do pavilhão elevado onde estamos, e distribui seus peixes sobre engradados à frente. A negociação começa logo em seguida.
Em uma fileira da atuns, um pequeno papel sulfite com parte de sua “composição interna” ajuda o comprador a avaliar a quantidade de gordura do peixe. “Eles fazem uma incisão no atum e puxam para cima”, explica Koji. Nessa ‘agulha’ especial é possível ver como está o corpo do peixe por dentro, com todas as camadas de carne e gordura. E Koji sabe: quanto mais gordo, melhor. (fotos: Lilian Uyema – Ceagesp)
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