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Os amigos da urtiga

Fazendo a reportagem de capa do Paladar de hoje, descobrimos que os fãs da urtiga são numerosos e estão espalhados pelo mundo. Na Europa, então, ela é tema de estudos de medievalistas e gastrônomos tradicionalistas. A tese que os amigos da urtiga defendem é amparada por fatos da Antiguidade: em tempos de escassez, os romanos recorriam às ervas selvagens, especialmente àquelas que possuíam efeitos medicinais. Os antigos sabiam que era importante, na hora da fome, alimentar-se com algo nutritivo e restaurador de saúde, como a urtiga, combatedora de gripes, fraqueza, males do estômago e de digestão.

Os amigos da urtigaFoto:

(Foto: www.jardinagem.org)

E daí que ela tem pelos espinhentos recobertos por ácido fórmico? Os integrantes da Confraria da Urtiga, em Fornos de Algodres (região do queijo Serra da Estrela, em Portugal), da Estugas, na Espanha, e da Les Amis de l’Ortie, na França, estão mais preocupados é em mantê-la viva. Promovem semanas “culturais” e gastronômicas em defesa da urtiga, com preparação de pratos com a planta e seminários de botânica. Ensinam a identificá-la na natureza e os muitos usos que se faz dela (no Butão, por exemplo, a urtiga é matéria-prima de lindos tecidos). O Les Amis de l’Ortie vende geleias, compotas, urtiga confit e prepara, em abril deste ano, o Orties Folies, na cidade de La Haye-de-Routot, na Normandia.

A atração da urtiga é tamanha que, em um pub no vilarejo de Marshwood, no sudoeste da Inglaterra, ocorre desde 1986, nos meses de verão, um “campeonato mundial de urtiga”: ganha quem comer a maior quantidade da planta in natura. Só valem as urtigas fornecidas pelas fazendas locais, limpas e escaldadas. A urtiga não quer assustar ninguém.

Les Amis de L’Ortie: www.lesamisdelortie.frConfraria da Urtiga: www.cm-fornosdealgodres.pt/cultura

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