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Comida

Veja onde comprar peixes

Pescaria difícil 

Alguma vez na vida você deve ter tomado um drinque com cerveja. Se esqueceu é porque talvez ele tenha sido bebido naquele momento da empolgação, quando alguém sugeriu fazer um submarino, famoso “embriagador” preparado com a cerveja que está à mão e o Jägermeister da prateleira. Essa história mudou. Coquetéis com cerveja estão na moda e evoluíram da empolgação sem juízo para receitas criadas por barmen mundo afora.Foto:

Alô? Tem sororoca? Não. E oveva? Não. Guaivira? Quê? O peixe, guaivira… Ah, não trabalhamos com isso.

Com pequenas variações, o diálogo acima repetiu-se em várias peixarias, na busca pelas espécies cujo consumo é liberado pelo Guia de Consumo Responsável de Pescado. Não foi fácil. O argumento “só trabalhamos com peixes nobres” foi recorrente para justificar a falta daquele pescado não convencional. O jeito foi fazer uma encomenda especial.

Alguma vez na vida você deve ter tomado um drinque com cerveja. Se esqueceu é porque talvez ele tenha sido bebido naquele momento da empolgação, quando alguém sugeriu fazer um submarino, famoso “embriagador” preparado com a cerveja que está à mão e o Jägermeister da prateleira. Essa história mudou. Coquetéis com cerveja estão na moda e evoluíram da empolgação sem juízo para receitas criadas por barmen mundo afora. 

É que peixes como guaivira, oveva e sororoca são pouco valorizados comercialmente. Os próprios pescadores os descartam, às vezes no mar mesmo, ou então vendem em caixas mais baratas nas quais diversas espécies ficam juntas, a que chamam de “mistura”.

Guaivira. FOTO: Clayton de Souza/Estadão

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Marcelo conseguiu, enfim, uma caixa de guaivira, que o Paladar enviou ao restaurante Vito. A abrótea foi mais difícil: foi para o Amadeus em pequena quantidade. E a sororoca, que seria usada no restaurante A Peixaria, Marcelo não conseguiu arrumar.

Nem o próprio chef Cauê Tessuto encontrou o pescado, mesmo depois de ir ao mercado da Ceagesp. “Já não é tão fácil achar. E, agora, não está na época dela. A sororoca começa a entrar no mercado na estação mais fria”, diz. Ele usou então o bonito, que comprou na Ceagesp. “Mas não é simples comprar esses peixes. Eles costumam vir maltratados. Para comprar o bonito que usei, tive que revirar umas cinco caixas até achar um que prestasse”, conta Cauê. “Acho que, por ter menos valor comercial, o pessoal cuida menos na hora do transporte.”

Conheça peixarias em que se pode encontrar espécies incomuns de peixes.

Ocean Six  R. dos Chanés, 256, Moema, 5093-9432 Aceita encomendas

Peixaria Progresso de Santo Amaro R. Desembargador Bandeira Mello, 65, Santo Amaro, 5687-7436 Tem bonito (R$ 7,90), oveva (R$ 5,40) e sororoca (R$ 20, em média)

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Peixaria Rainha Av. Padre José Maria, 10, Santo Amaro, 5523-2899 Bonito (R$ 7,50), oveva (R$ 6,49) e sororoca (congelada, R$ 19)

>> Veja a íntegra da edição do Paladar de 27/3/2014

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