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Restaurantes e Bares

Ca’d’Oro está de volta, com bollito misto e gueridom

Apostando na tradição e nos pratos clássicos do norte da Itália que fizeram história na cidade, o restaurante fundado em 1953 pela família Guzzoni reabre no hotel que foi reconstruído no mesmo endereço

Gran bollito misto. Prato mais célebre do restaurante, o cozido de estilo italiano leva zampone, cotechino, língua, picanha e presunto. É servido no carrinho e acompanhado de três molhos. Foto: Sergio Castro|EstadãoFoto: Sergio Castro|Estadão

O seu Ático não está mais lá – depois de 37 anos como o maître da casa, ele passou a pilotar o gueridom do Parigi, com a mesma elegância. Mas o bollito misto, o casoncelle, a codorna com polenta e o pato à Colleone estão de volta ao Ca’d’Oro. 

O restaurante reabre na próxima segunda-feira, 10, com lambris de madeira e os estofados de veludo verde, mas em ambiente totalmente novo. O restaurante da família Guzzoni foi fundado em 1953, depois virou também hotel e fechou em 2009. Agora, foi reconstruído em parceria com a incorporadora Brookfield. 

Gran bollito misto. Prato mais célebre do restaurante, o cozido de estilo italiano leva zampone, cotechino, língua, picanha e presunto. É servido no carrinho e acompanhado de três molhos Foto: Sergio Castro|Estadão

O cardápio elaborado por Fabrizio Guzzoni, gerente-geral do hotel e neto do fundador, mantém os clássicos da cozinha do norte da Itália que fizeram história na cidade. O gueridom, misto de mesa e carrinho, que virou símbolo da classe do Ca’d’Oro, deve continuar como o centro das atenções. São dois carrinhos circulando pelo salão e pela varanda, que acomodam 80 pessoas. O principal (feito sob encomenda por um fabricante de carrinhos de bebê, em 1956) traz o bollito – o cozido misto italiano – cujo serviço começa com um levíssimo, perfumado e brilhante consommé, feito com o caldo do cozimento das carnes do prato. O prato montado à mesa leva músculo, frango, língua e zampone, cozidas separadamente. É acompanhados por legumes e três molhos (R$ 85). O segundo carrinho, é um modelo Christofle, de prata, de 1940. Ele traz o prato do dia. Pode ser pernil de vitela com tagliolini na manteiga, bacalhau, um assado. Apenas os pratos do carrinho são montados à mesa; esta é uma das maiores mudanças que Fabrizio Guzzoni fez na nova casa. “Montar tudo à mesa não faz mais sentido hoje e causa desperdício”, diz. 

Trio bergamasco. São três massas recheadas: raviole de carne, casoncelli de vitela e amaretto, e agnolotti de espinafre e queijos. Na manteiga de sálvia, escoltados por molho de tomate Foto: Sergio Castro|Estadão

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Peito de pato à Colleoni. Clássico da casa, o peito da ave é envolto em crosta crocante de ervas e chega à mesa no prato acompanhado de aspargos, purê de batata e três figos empanados Foto: Sergio Castro|Estadão

O peito de pato à Colleoni também volta, em crosta de ervas, escoltado por purê de batatas, aspargos e três figos empanados – homenagem, a um certo Bartolomeo Colleoni, mestre de armas, cuja virilidade era atribuída a uma triorquidia (três testículos), daí os três figos que compõe o prato (R$ 74). Alguns dos clássicos estão no menu executivo (R$75). 

O imponente piano francês Erard, de madeira e marfim, de 1870, tem lugar de destaque na varanda, ao lado do bar. Vai ser tocado no almoço de domingo.

E, na saída, o neto do fundador fez questão de manter a superstição do avô: uma espiga de milho seca instalada num belo suporte. Cada cliente tira um grão para pôr na carteira. “É para ter fortuna. E voltar sempre ao restaurante”, diz Guzzoni. 

O gueridom, misto de mesa e carrinho, que virou símbolo da classe do Ca’d’Oro, deve continuar como o centro das atenções. Quem pilota é o neto do fundador e gerente geral do hotel Fabrizio Guzzoni. Foto: Sérgio Castro|Estadão

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SERVIÇO

Ca'd'Oro

R. Augusta, 129, Consolação Tel.: 3236-4300 Horário de funcionamento: 12h/15h e 19h/23h (sex. e sáb., 12h/15h e 19h/23h30; dom., 12h/16h30 e 19h/23h).

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