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Restaurantes e Bares

Guia Michelin 2013 reacende a polêmica das estrelas

Por Murillo FerrariEspecial para o Estado

Guia Michelin 2013 reacende a polêmica das estrelasFoto:

Lançada na semana passada, a edição espanhola do Guia Michelin 2013 causou surpresa e decepção de alguns chefs, além de repercussão na mídia especializada.

A grande novidade foi a promoção do Azurmendi e do Quique Dacosta para três estrelas – avaliação máxima do guia. Os dois restaurantes agora estão no topo do ranking, ao lado de casas como Akelarre, Arzak, El Celler de Can Roca, Martín Berasategui e Sant Pau.

FOTO: Reprodução

Além deles, a Espanha conta com outros 17 restaurantes classificados com duas estrelas e 121 indicações com uma estrela. A capital Madri surpreendeu negativamente, já que não conseguiu emplacar nenhum restaurante na avaliação máxima do guia.

Chama atenção que as mesmas estrelas que foram bem recebidas nas avaliações dos restaurante que melhoraram também foram alvo de polêmicas em outras classificações. Mesmo cozinheiros bem avaliados, como o próprio Quique Dacosta, entraram na discussão. Em matéria publicada pelo jornal El País, o chef afirmou que “existem muitos (restaurantes) duas estrelas que são, indiscutivelmente, três estrelas”.

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A ausência de Andoni Luis Aduriz, do Mugaritz, na lista dos melhores restaurantes também foi duramente criticada. Desde 2005 Aduriz tem suas criações avaliadas com duas estrelas. “Não estou decepcionado. Me contento que existam muitas estrelas na Espanha e isso é bom para todos”, tentou rebater.

Sem entrar na polêmica, no entanto, o chef basco Eneko Atxa, do restaurante Azurmendi, usou sua conta no twitter para agradecer o apoio e as mensagens que recebeu após atingir o patamar máximo da Michelin. “Estamos muito excitados. Somos muito gratos. Muito, muito obrigado”, postou na rede social.

O Guia Michelin 2013 destaca, ainda, jovens cozinheiros que aparecem como apostas dos inspetores. Receberam uma estrela pelo feito Javier Olleros, do Culler de Pau, Álvaro Garrido do Mina e Iván Muñoz, que comanda o Chirón.

Prêmio Nacional Assim como as estrelas do Guia Michelin foram questionadas anos atrás quando surgiu o S. Pellegrino Award’s 50 Best, o “fifty best”, outra premiação tentar contrapor o resultado da edição francesa. Ao receber a honraria de Melhor Chefe de Cozinha no “Prêmio Nacional de Gastronomía”, também na semana passada, o chef Francis Paniego, fez questão de alfinetar o Guia Michelin. “O Prêmio Nacional é o mais importante que um cozinheiro pode receber neste país. (…) Essa premiação te dão e não tiram, não é como as estrelas da Michelin, que vem e vão”, disse.

Veja algumas avaliações que mudaram no guia Michelin 2013:

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Três estrelas: Azurmendi (Larrabetzu, Biscaia) de Eneko Atxa; Quique Dacosta (Dénia, Alicante) Quique Dacosta.

Duas estrelas: Enoteca (Barcelona) Paco Pérez, Moments (Barcelona) Raül Balam/Carme Ruscalleda.

Uma estrela: Les Magnòlies (Arbúcies, Girona); Dos Palillos (Barcelona); Koy Shunka (Barcelona); Lluerna (Santa Coloma de Gramenet, Barcelona); Nectari (Barcelona); Mina (Bilbao, Biscaia); Ars Natura (Cuenca); Alejandro G. Urrutia (Gijón, Asturias); El Puerto (Gijón, Asturias); Culler de Pau (O Grove, Pontevedra); Kabuki (Guía de Isora, Tenerife); José Carlos García (Málaga); Els Brancs (Roses, Girona); Chirón (Valdemoro, Madri); Ricard Camarena (Valência); La Prensa (Zaragoza).

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