(O chef executivo Dave Beran e Grant Achatz do Next, em Chicago. Foto: Sally Ryan/NYT)
Segundo Achatz e seu sócio, Nick Kokonas, 20 mil endereços de e-mail foram inscritos para a primeira leva de reservas do Next. Com um salão com capacidade para 60 lugares, significa dizer que o Next, sem “rodar a mesa” (sem a troca do serviço para outros clientes se sentarem, na mesma noite), terá casa cheia pelos próximos 333 dias. E que os que se inscreverem agora podem ter de aguardar 1 ano para comer no restaurante. Isso, se cada uma das pessoas inscritas comprar apenas “um” ingresso – e Achatz permite a compra de quatro lugares por endereço de e-mail cadastrado.
Ingresso ou reserva de mesa? Grant Achatz fez do Next uma sala de cinema. Com o recebimento da mensagem, o cliente pode acessar o site e selecionar o menu que quer comer – ele chega ao restaurante e é servido com o cardápio que pediu antes, como se estivesse comprando ingressos para um espetáculo e escolhendo o filme e o horário da sessão. O pagamento é feito na reserva on-line, com cartão de crédito. Os preços variam de US$ 65 a US$ 110. Para um menu-experiência completa, com mais de 16 tempos, o preço vai para US$ 165, mas nesta opção os lugares são poucos: uma mesa de seis lugares.
(Ovos beneditinos no cardápio “Paris 1906 – Escoffier at the Ritz”, do restaurante Next. Foto: Sally Ryan/NYT)
Cozinha ou alfaiataria? O “tailor made” do Next, cujo primeiro cardápio terá como tema “Paris 1906″, dá ao comensal a oportunidade de dizer suas restrições alimentares e sugere, na tela, as harmonizações sugeridas pelo sommelier. Achatz avisa que uma mesa ficará “aberta” nos jantares para os clientes que “passarem por ali”. Algumas entradas já estão à venda em sites de leilões, como os classificados Craiglist. Daqui quatro meses, a maratona deve recomeçar: é que Achatz vai mudar o cardápio quatro vezes ao ano. O próximo tema deve ser “Hong Kong, 2038″.