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Restaurantes e Bares

'Não pretendo mudar nada no restaurante', diz Helena Rizzo, chef do 46º melhor do mundo

Resultado da parceria criativa da gaúcha Helena Rizzo com o catalão Daniel Redondo, o Maní ganha quatro posições no ranking da Restaurant e conquista o 46o lugar

Perfil de Helena Rizzo na ‘Vogue’, em 2010. Foto: EstadãoFoto: Estadão

Por Olívia FragaEspecial para o Estado 

“Estou super feliz, foi uma surpresa boa, um reconhecimento de um trabalho que é feito com tanto amor. Não pretendo mudar nada no restaurante”, disse Helena Rizzo sobre o Maní ter alcançado a 46ª posição no ranking de 50 Melhores Restaurantes do Mundo da revista britânica Restaurant.

A história de sucesso do Maní começou a ser escrita no interior da Catalunha, na Espanha. O primeiro capítulo dela tem, necessariamente, de falar de paixão: o Maní é resultado da parceria amorosa e criativa entre a gaúcha Helena Rizzo e o catalão Daniel Redondo.

Daniel Redondo e Helena Rizzo, parceiros e chefs do Maní. Foto: Felipe Rau/ AE

Em 2000, Helena deixou São Paulo rumo à Europa depois de ter passado pela cozinha do Na Mata Café. Chegou lá disposta a aprender de tudo e em todos os lugares possíveis – foram quatro anos mergulhada em formação e informação, na Itália eFrança, até chegar ao já famoso Celler de Can Roca em Girona, na Espanha. Foi na cozinha do restaurante dos irmãos Roca que conheceu Daniel Redondo, que trabalhava lá desde os 15 anos. Apaixonaram-se. Helena voltou ao Brasil casada, arrastou Redondo e chegou disposta a abrir um restaurante.

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Rosbife em crosta de lapsang souchong, premiado na categoria Carne no Prêmio Paladar de 2009. Foto: Luiz Henrique Mendes / AE

A amizade com a apresentadora Fernanda Lima, dos tempos em que Helena era modelo em Porto Alegre, lhe rendeu o convite para integrar a sociedade do Maní, em 2006, no comando da cozinha. Desde os primeiros anos, a criação de receitas sob bases ultramodernas atraíam clientes curiosos por conhecer em São Paulo a catequese da cozinha contemporânea espanhola, que já ditava os rumos da gastronomia há algum tempo. Quem conhece o casal, ou passa um tempo na cozinha do Maní, percebe que o processo de criação da dupla acontece paralelamente e se encontra no final. Daniel traz a expertise de recriar e aprimorar pratos, herdada dos muitos anos no Can Roca. Helena disseca ingredientes e sabores primordiais. Os pratos que marcaram a trajetória do restaurante nasceram do diálogo entre técnica e ingrediente.

Consommé frio de tomate, a melhor Entrada do Prêmio Paladar 2012. Foto: Codo Meletti / AE

O reconhecimento do trabalho é assunto dentro e fora do País. Em 2009, a escritora Anissa Helou resenhou o Maní no Financial Times - jornal que voltou a falar do restaurante em fevereiro, numa série de reportagens especiais sobre o Brasil. Jeffrey Steingarten, em 2010, escreveu um longo perfil de Helena Rizzo para a Vogue americana. No Prêmio Paladar, o Maní é o restaurante com o maior número de vitórias: conquistou oito vezes o topo do pódio.

Perfil de Helena Rizzo na ‘Vogue’, em 2010 Foto: Estadão

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A estreia do Maní no 50 Best aconteceu em 2011, no 74° lugar. No ano passado, a casa ficou na posição 51.

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