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Restaurantes e Bares

Noma: Contemporâneo sem pegadinhas

COMENTÁRIO

 Tudo o que sai da cozinha do Noma remete à Dinamarca e ao gênio do chef. FOTO: ReproduçãoFoto:

Comer no Noma foi a melhor refeição que já fiz. Primeiro pela qualidade e originalidade dos ingredientes, coisa já falada até cansar por todos os lados. Mas não bastaria isso para fazer uma grande cozinha. Há uma inteligência por trás de cada criação, uma visão ética no uso dos produtos escandinavos, um entusiasmo juvenil na coleta de coisas fora do comum para nós (como a água de bétula – cada árvore dá dez litros de seiva por dia –, com a consciência extrativista de não esgotá-la ou estressá-la) e um vigor estético na produção de beleza na montagem dos pratos.

 Tudo o que sai da cozinha do Noma remete à Dinamarca e ao gênio do chef. FOTO: Reprodução 

O melhor de tudo, entretanto, é a ausência da pegadinha, aquele fator gotcha!, o “te peguei, bobão”, tão presente no adrianismo e nos seus epígonos, como a breguice das sobremesas dos Rocas e todas essas bobagens infantis que estouram na boca, fazem rir, divertem. O Noma é sério, dinamarquês, austero. O Noma é um restaurante, não um parque de diversões. E delicioso. Uma comida que dá vontade de comer de novo, coisa praticamente ausente de menus contemporâneos. É invenção pura, com produtos simples, mas sem truques. Meu número um continua lá, em um galpão de cais de Copenhague.

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