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Restaurantes e Bares

Os antirrestaurantes de Washington

Imagine abrir sua caixa de e-mails e se deparar com a seguinte mensagem: “A Seta Laranja está apontada para você”. E depois: “Se você não come ou não pode comer determinadas coisas, desconsidere. Isso não é para você.” E bota medo: “Chorões, bebuns e estraga-prazeres não entram em nossa festa. Não fazemos reality-show”.

(Jantar no Hush Supper Club, no noroeste de Washington D.C. Foto: Veronika Lukasova/The Washington Post)Foto: Veronika Lukasova/The Washington Post)

Pois foi assim que o “antirrestaurante” Orange Arrow (seta laranja em inglês) convidou dúzias de pessoas para seu jantar inaugural, que deve ocorrer no final do mês. Ao preço de US$ 125 por pessoa, o restaurante faz parte da nova onda em Washington: os restaurantes que não existem. Ou melhor, os restaurantes que só existem de vez em quando, catapultados pelas redes sociais da internet.

Como informa o The Washington Post, outros três projetos têm agitado a vida noturna da cidade. Ninguém sabe quando e se será o próximo convidado para o jantar exclusivo. O sigilo é fundamental. No site do Orange Arrow, o desavisado é barrado “na porta”, logo na homepage. Para seguir adiante, deve dar seu nome e dizer “quem indicou”. Lembra até um speakeasy do mundo virtual. 

O co-fundador do Orange Arrow é chef de cozinha indicado ao prêmio James Beard e não revela o nome. “Não queremos ninguém que não seja interessante ou divertido. É um clube privado, não um restaurante.”

Para alguns, como o chef do Orange Arrow, é expressão suprema da vontade de tocar o próprio negócio do jeito que bem entender, sem as dores-de-cabeça diárias exigidas num restaurante convencional. Para outros, é a chance de cozinhar para desconhecidos e fazer amigos. Caso de Geeta (nome fictício), cozinheira amadora descendente de indianos que lidera o Hush Supper Club e serve “comfort food indiana”.

O lugar dos encontros pode variar a cada temporada – num dia acontecem num salão, em outro dia num museu. “A demanda é incrível”, disse Geeta. “Pensei que ia mandar uma mensagem via Twitter e talvez uma meia dúzia fosse responder. Achei que levaria seis meses para fechar um evento, não dez dias.”

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(Jantar no Hush Supper Club, no noroeste de Washington D.C. Foto: Veronika Lukasova/The Washington Post)

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