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Restaurantes e Bares

Restaurantes de olho no registro da água

O medidor que marca a entrada de água não sai da cabeça de chefs e donos de restaurantes e bares em São Paulo. Preocupados com a interrupção do serviço nas últimas semanas, checam o instrumento insistentemente com medo de que pare – ou seja, de que a água acabe.

Restaurantes de olho no registro da águaFoto:

Casas nas cinco regiões – como Mercearia do Francês (Higienópolis), A Peixaria (Moema), Suri, (Pinheiros), Bacalhoeiro (Tatuapé), e Frangó (Freguesia do Ó) – relataram cortes com diferentes frequências, de algumas horas a um dia. A falta ocorre até no final de semana, quando o movimento é mais intenso.

Mocotó deve construir uma cisterna para contornar falta d’água. FOTO: Felipe Rau/Estadão

Alguns endereços estão tendo que fechar as portas antes do previsto, pela falta d’água, como aconteceu com o Conceição Discos, há 15 dias, e com o Clos de Tapas, de Marcelo Fernandes. “Um dia não conseguimos o caminhão pipa e fechamos mais cedo. Para mim, prejuízo é não atender o cliente. Estou extremamente preocupado”. O caminhão custa cerca de R$ 1.000 e dura um dia.

Donos de restaurante dizem que como não sabem quando a água vai faltar têm de fazer o estoque da caixa durar mais, para aguentar o serviço. Alguns bares já tiveram de usar copos descartáveis, como o Frangó e o Bar do Luiz. E tem gente implantando dispositivos como arejador na torneira, que reduz o fluxo. O reúso também entrou em prática. No Bistrô Charlô, que ainda não sofreu falta, a água do banho-maria está servindo para lavar o chão.

Rodrigo Oliveira, do Mocotó, diz que deve construir uma cisterna. Enquanto isso, economiza: a água que resfria a máquina de sorvete serve para a limpeza.

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A Associação Nacional dos Restaurantes diz que está imprimindo um manual com dicas para economizar água.

/ colaborou Luiz Felipe Barbiéri

>>Veja a íntegra da edição do Paladar de 23/10/2014

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