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Restaurantes e Bares

Sobrado em rua discreta da Barra Funda serve comida ‘baianeira’

Quem Quer Pão 75 pratica cozinha do Vale do Jequitinhonha, que mistura influências baiana e mineira, e serve pratos e lanches com capricho

Galinhada na panela de ágata. Foto: Matilda e Tari Azevedo|Estúdio Coma|DivulgaçãoFoto: Matilda e Tari Azevedo|Estúdio Coma|Divulgação

* Preços checados em março de 2017

POR AÍ - Dicas da equipe do Paladar

A mineira Manuelle Ferraz pisou em São Paulo em 2013 e se instalou direto na Barra Funda, no número 75 de uma rua onde mora até hoje. Esse 75, “número da sorte”, é o que batiza seu negócio, o Quem Quer Pão 75, que fica em outra rua do mesmo bairro. Aberto numa garagem como um balcão de pão de queijo (e outros lanches) em 2014, passou a atender no salão do mesmo sobrado em 2015 e ampliou para o segundo piso em 2016.

Ao longo desses anos, construiu o cardápio que acredita ser a sua cara e chegou, nos fins do ano passado, aonde queria chegar: um menu de comida baianeira, como define, como a que comeu a vida inteira na sua Almenara (MG) natal. “Lembrando do que eu comia quando criança é que tenho a certeza de que não sou só mineira nem sou baiana”, diz.

Galinhada na panela de ágata Foto: Matilda e Tari Azevedo|Estúdio Coma|Divulgação

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Cidadezinha que está mais perto de Salvador do que de Belo Horizonte, Almenara tem o sotaque do vale do Jequitinhonha, onde Manu não comia carne de sol com nata, mas com sopa de mandioca em cubinhos e farinha; nem feijão tropeiro, mas farofa com feijão andu. Não era uma coisa nem outra, tinha identidade própria. 

É isso o que ela quer mostrar na sua cozinha, de onde saem os pratos “triviais” (opção de carne, frango, peixe ou ovo com arroz, feijão, creme e legumes orgânicos do dia), os PFs (picadinho, parmegiana, estrogonofe) e a “comida do Vale”, que melhor mostra as suas raízes.

É nessa seção onde estão a costelinha de porco (que desmancha no osso) com creme de abóbora, farofa de feijão e arroz (R$ 35), a carne de sol de filé-mignon (que ela mesma cura na casa) servida com creme de macaxeira, quiabo, farofada de feijão verde, ovo e arroz (R$ 39), galinhada caipira na panelinha com pirão e farofa e ainda o peixe do dia ao molho de moqueca (propositadamente, não carrega no dendê como se faria na Bahia) com creme de mandioquinha, farofa, vinagrete e arroz.

Costelinha com creme de abóbora Foto: Matilda e Tari Azevedo|Estúdio Coma|Divulgação

A maior parte dos ingredientes ela traz de sua terra natal, entre pacotes de farinha de mandioca, requeijão de corte (feito de nata de leite cru), queijo, feijão andu, urucum e até o polvilho com o qual faz o pão de queijo, que leva um queijo seco almenarense feito de leite cru e cuja textura lembra o parmesão.

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Fora do almoço, os lanches e o café da manhã também chamam a atenção: além do pão de queijo, há bolos de coco, fubá, cenoura com brigadeiro (R$ 7 a fatia), café coado, e os combos do café, como o “combo almenarense” (R$ 30), que leva à mesa café coado, suco, pão na chapa com requeijão de corte, banana da terra frita com mel e amêndoas, além de ovos mexidos com torrada de pão de queijo.

A fachada do Quem Quer Pão 75, na Barra Funda Foto: Matilda e Tari Azevedo|Estúdio Coma|Divulgação

O jeitão caseiro das comidas e do lugar podem enganar sobre a formação técnica da cozinheira, que fez gastronomia no Senac de Belo Horizonte e depois passou mais de um ano trabalhando em Nova York. Em São Paulo, passou quatro meses no D.O.M. antes de abrir o próprio negócio.

SERVIÇO

Quem Quer Pão 75 R. Dona Elisa, 117, Barra Funda Tel.: 2538-0844 Funcionamento: 9h/17h (almoço vai das 12h às 15h; no sáb, até 16h; fecha dom. e seg.)

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