PUBLICIDADE

Restaurantes e Bares

Tudo acabou em petisco

Dinho Luiz, do Guia do Estadão, para o Paladar

Tudo acabou em petiscoFoto:

Terminou ontem a décima edição do festival gastronômico Comida di Buteco em Belo Horizonte. O evento durou 31 dias e pelas contas dos organizadores cerca de 160 mil belo-horizontinos movimentaram as mesas dos dos bares. Ao todo, 41 bares participaram, criando receitas com um dos ingredientes escolhidos como tema este ano, todos tradicionais na culinária mineira: couve, mostarda ou taioba.

O petisco campeão foi o Karacol de Pernil , do bar Café Palhares no centro de Belo Horizonte. Ele leva pernil cortado em fatias finas, enroladas em formato de caracol. Para arrematar, molho picante de abacaxi. Mas não é só isso, o petisco vai para a mesa escoltado por couve e pão árabe. É uma receita da família Ferreira.

Os proprietários do boteco são os irmãos Luiz Fernando e João Lúcio Ferreira, que herdaram do pai o bar fundado há 71 anos. A dupla mantém a personalidade da casa intacta: no salão simples, com paredes revestidas de azulejos, o grande balcão em forma de U é disputado pelos clientes. “O pernil é uma tradição do bar. Nós só incluímos novos ingredientes e incrementamos o visual para o concurso”, comemora Luiz Fernando Ferreira.

O Bar do Ferreira, que debutou no concurso, levou o vice-campeonato. Da sua cozinha sai o quitute Pecado Capital, feito com taioba, mandioca, carne bovina, costelinha de porco e tomate recheado. O terceiro lugar ficou com o Bar do Véio, com Cada Um no seu Quadrado, um bolo de carne recheado, bolinhos de mandioca com parmesão e molho ao sugo.

O festival existe desde 1999, quando o gastrônomo Eduardo Maya e a relações-públicas Maria Eulália Araújo tiveram a ideia de organizar um concurso que valorizasse a culinária de raiz dos botequins de Minas Gerais. Belo Horizonte era o lugar ideal, pois se autoproclama orgulhosamente capital mundial dos botecos. “Escolhemos os botecos em que os donos estão envolvidos em todo o processo, da administração à criação dos pratos. O bom boteco é aquele onde você é recebido pelo dono”, define Maya.

PUBLICIDADE

No domingo, 7 de junho, às 17h30, ele ministrará um workshop sobre a evolução dos petiscos mineiros no Paladar – Cozinha do Brasil.

Serviço Café Palhares – R. Tupinambás, 638, Centro, (31) 3201-1841. 7h/23h (sáb., 7h/22h; fecha dom.) Bar do Ferreira – R. Pinheiro Chagas, 473, Barreiro de Baixo, (31) 3389-9357. 17h/1h. (sáb. e dom. 10h/23h). CC: M e V. Bar do Véio – R. Taguaí, 406, Caiçara, (31) 3415-8455. 17h/0h (sáb. 11h/0h e dom. 11h/20h )

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE