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Restaurantes e Bares

Um ano difícil para os bistrôs franceses

Em 2009, a França amargou um dos piores anos da gastronomia de bistrô. Uma reportagem publicada no Guardian fez as contas: no ano passado, 2 mil restaurantes baixaram suas portas. Para um mercado que reunia 200 mil casas na década de 60, o balanço não é nada animador. Hoje existem menos de 35 mil bistrôs em atividade no país. 

Um ano difícil para os bistrôs francesesFoto:

Serão os efeitos da crise econômica? Também, mas a reportagem parece apontar em outra direção. A crise dos bistrôs na França é de identidade: o francês não se relaciona mais com os cafés, e a vida moderna não tem sido capaz de preservar os laços de vizinhança que eram a cara das cidades francesas. 

Há outros senões. Uma pesquisa feita em 2007 afirmava que 60% dos bistrôs ainda não vendiam Coca-Cola Diet e, diferentemente dos bares de tapas espanhóis e pubs ingleses, os bistrôs franceses não incorporaram às instalações da casa o famigerado telão, tão popular em dia de jogo de futebol – e, talvez, uma das tábuas de salvação desses estabelecimentos na Espanha e na Inglaterra.

A situação, é claro, é pior no interior. Enquanto houver turistas - e em Paris há aos montes - haverá esperança. Entrevistado, o proprietário do Le Fontenoy, um bistrô em Fontenay-Saint-Père, a 56 quilômetros de Paris, quer fazer do seu restaurante um ponto de encontro e promover cafés filosóficos e leituras infantis. Será esta a saída?

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