Datado, brega, o filé à diana merece, sim, todos os adjetivos que o acompanham desde que perdeu o prestígio conquistado nos anos 1950, quando era símbolo de requinte, preparado num rechaud na frente do cliente. A origem do prato é incerta, mas, acredita-se que tenha sido batizado em homenagem à deusa da caça na mitologia. Esta versão está no livro Quem colocou o filé no Wellington (Melhoramentos). O prato está aqui porque é delicioso e fácil de fazer.Para beber
Para a sommelière Gabriela Bigarelli, consultora do Maní, o filé à diana pede vinhos de corpo médio, com estrutura, equilíbrio e personalidade. Os taninos darão apoio para equilibrar as fibras da carne e a gordura do creme de leite. Ela sugere o chileno Gran Reserva Assemblage Chateau Los Boldos 2013, corte de Shiraz e Cabernet (R$ 89 na Zahil). E também indica o italiano Branccaia Tre Maremma Igt 2012, da Toscana, de caráter mineral pronunciado com boa acidez (R$ 92 na Grand Cru). E o espanhol Salmos Priorat Miguel Torres 2011, de corte complexo com aromas de frutas vermelhas e notas de tabaco e couro (R$ 180 na Devinum).