


Balcão do Giba
Drinques para fazer em casa
Cante (e beba) comigo: Leviana, um coquetel inspirado pelo rei do brega Reginaldo Rossi
Um daiquiri feito com cachaça, caju e rapadura para beber embalado pelo brega; aprenda a receita do drinque criado por Leone Silva, do Sylvester Bar
“Eu te amei / Me entreguei / De um jeito que ninguém jamais se entregou…”
Olá, amigos!
Estamos aqui, mais uma vez, nessa mesa virtual de bar.
E o coquetel desta semana é uma homenagem ao cantor pernambucano Reginaldo Rossi (1944-2013), o inesquecível Rei do Brega.
O barman do Sylvester Bar, Leone Silva, criou o Leviana (nome de um dos sucessos de Rossi), uma espécie de daiquiri feito com cachaça (substituindo o rum).
É curioso como muitos barmans estão buscando no daiquiri a inspiração para suas criações. Só aqui neste blog já tivemos algumas variações sobre esse tema.
“Amor igual ao meu / Jamais vai encontrar / Amar como eu te amo/ Ninguém vai te amar/ Porque você…”
Em Leviana, Leone usa, além da cachaça, o suco de limão cravo e de caju. Já o xarope é um achado. Trata-se de um xarope de rapadura! Calma, não é nada difícil de reproduzir em casa. Você vai apenas substituir o açúcar no preparo do xarope tradicional (usando 2 partes de rapadura ralada e 1 parte de água).
O sabor é mais adocicado e menos cítrico do que um daiquiri normal. Ainda assim, bastante complexo. Cachaça e rapadura conversam muito bem. Aliás, use a melhor cachaça que você tiver em casa.
“… ficava sussurrando junto ao meu ouvido / Mentiras misturadas com o seu gemido/ E eu acreditava na sua palavra / Leviana!”
A música popular brasileira pode ser uma boa fonte de inspiração para coquetéis nacionais – principalmente feitos com cachaça.
“Fazendo mil loucuras comigo na cama / Queria acreditar que você ainda me ama / Que, apesar de tudo, eu sinto a sua falta / Leviana!”
Aprenda a fazer o drinque com Leone:
A receita do Leviana Daiquiri:
50 ml de cachaça
15 ml de xarope de rapadura
15 ml de suco de limão cravo
15 ml de suco de caju
> Coloque todos os ingredientes em uma coqueteleira com gelo. Bata com vigor. Depois, a bebida vai para um copo de martini.
Para fazer o xarope de rapadura:
Basta misturar duas partes de rapadura ralada e uma parte de água. Misture tudo. Para ajudar na diluição, aqueça o líquido por alguns segundos (mas cuidado, não deixe virar um caramelo).
Para beber no bar:
O Sylvester Bar fica na Rua Maria Carolina, 745, Jardim Paulistano.
Notícias da coquetelaria
Shot 1: Mestre Derivan, um dos maires ícones da coquetelaria brasileira, acaba de lançar o livro Ultimate Bartender Book 2018. Abrangente, a obra fala da montagem, administração e até do comportamento adequado para um profissional da área. Além disso, o livro trás dezenas de receitas clássicas e de autoria do próprio Derivan. O preço sugerido do livro é R$ 60. Ele pode ser encontrado na Bartender Store.
Shot 2: Mais um bar de coquetelaria nacional foi inaugurado em São Paulo. O Bar Candeeiro traz o barman Zulu como seu comandante e criador. A inspiração dos drinques é a cultura brasileira, com abordagens diferentes para drinques e caipirinhas. Fica na Rua Dr. Melo Alves, 205.
Shot 3: A Campari lançou um curta em homenagem aos 100 anos de um dos coquetéis mais icônicos do mundo, o negroni. Ok, no mundo da coquetelaria é difícil cravar a data de nascimento de um drinque – portanto, sim, o negroni pode ser ‘gato’ (ter mais idade do que revela). O filme Entering Red (assista abaixo) foi dirigido por Matteo Garrone (diretor de Gomorra) e teve a super participação da bartender e mixologista Jessica Sanchez.
PS: Se no final desse texto, eu pegar no sono, seu garçom, por favor, me deite no chão!!!
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