Um dos drinques preferidos desse balcão é o rabo de galo. Trata-se de um amor com mil formas e variações. Existem rabos de galo com vermute tinto, sem vermute tinto, com Cynar, sem Cynar, com bitter, sem bitter e por aí vai.
No tempo do vovô, o rabo de galo era considerado drinque de macho. Ui.
Como falamos na semana passada, óbvio, dividir o mundo etílico entre bebida de homem e bebida de mulher é muito besta, infeliz e broxante.
Não estamos vivendo naquela festinha da quinta série C em que os meninos levavam o refrigerante; e as garotas, vejam só, os doces ou os salgados. (Pô, lembro direitinho de ir em um bailinho desses).
Mas falar que é bobagem não basta. A Fla Suppi, chefe de bar do Eugênia, saiu do discurso e criou um antídoto para o rabo de galo do macho-cho. Eis que ela vai nos ensinar a preparar um legítimo RABO DE GALINHA.
Sim, RABO DE GALINHA! Um girl power coquetel!
Aviso aos navegantes: o rabo de galinha é mais potente do que o rabo de galo.
O tradicional leva gelo no copo. O rabo de galinha não leva. O clássico leva Cynar. O rabo de galinha leva Cynar 70 - variação com teor alcoólico bem maior.
É um drinque de potência e elegância. Acreditem, essa é uma das versões (espero trazer outras) mais certeiras desse clássico nacional.
Quem quiser se arriscar pode fazer em casa. Já experimentei e não tem erro. Caso não tenha um Cynar 70, faça com o Cynar normal. Ele fica menos alcoólico e um pouco mais doce - acho que vira um meio rabo de galinha (mas é igualmente bom).
Receita do Rabo de Galinha 50 ml de cachaça 25 ml de Cynar 70 (ou Cynar) 3 dashes de bitter de laranja Casca de limão taiti Coquetel mexido e coado para uma taça de martini previamente resfriada. Use uma casca de limão taiti para decorar.
Se não der certo em casa, visite o Eugênia Bar e Café na R. Cônego Eugênio Leite, 953, Pinheiros.
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