Primeiro foi Champagne, depois a Borgonha e agora Bordeaux. Desde o fim da última semana, os produtores de vinho bordaleses têm tentado salvar seus vinhedos das fortes geadas que atacam a região em um momento em que as vinhas já começavam a brotar. Com temperaturas que chegam a - 3ºC, o fenômeno tem sido comparado ao de 1991, um ano dificílimo na região, e o pior em 25 anos.
Para alguns, a estimativa de perda é da colheita inteira. Os grandes châteaux, que têm dinheiro para investir em helicópteros, aquecedores e "sprinklers", têm conseguido salvar uma parte maior de sua produção. Mas de um universo de 6 mil produtores, muitos são pequenos e contam com menos recursos. A situação é pior na Margem Direita de Bordeaux, onde ficam Pomerol e St.-Emilion, e os estragos, além dessas duas regiões, são vistos em Pessac e Graves, até a borda oeste de Médoc.
Neste momento, é difícil dizer o tamanho do estrago porque os produtores estão ocupados em conter os efeitos da geada. Nos próximos dias, no entanto, será possível ter uma resposta mais exata do que o efeito do gelo representou para a safra 2017.