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B.O.B.

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A cereja que faltava

 Foto: Estadão
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coluna publicada na edição de 2/8/2012 do Paladar, com alguns comentários extras

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) De origem belga, o estilo kriek tem como base a cerveja lambic (com fermentação espontânea e acidez potente), que recebe adição de cerejas do tipo schaarbeek. Há, à venda no Brasil, dez rótulos que levam a denominação kriek, mas nem todos seguem o estilo à risca (algumas são fruit beers ou sour ales). Também é possível notar uma variação considerável no grau de doçura das cervejas. No quarteto acima, a Boon é a mais adocicada delas, sobrepondo até mesmo as notas ácidas e acéticas. A degustação ainda mostrou que, no caso das krieks, as cerejas se destacam mais em versões mais jovens. A Cantillon, cuja rolha indicava o ano de 2004 - são as versões possíveis de serem encontradas no Brasil - já tinha a acidez e o acético dominando aroma e sabor, deixando as notas da cereja muito sutis. Por sugestão do Cássio Piccolo, um dos sócios do bar cervejeiro Frangó, porém, também percebi que, se deixada no copo por algum tempo (ou, indicação dele, num decânter), a cerveja vê as notas iniciais e potentes de acidez se dissiparem, dando espaço a outros elementos. É uma boa dica. No caso da Boon, o "descanso" no copo acentua o adocicado e o malte. Nas demais, abre outros elementos, como madeira, malte e, claro, a cereja.

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