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B.O.B.

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A cerveja do seu (bis)avô

Estava eu navegando na internet outro dia quando vi um comentário do chapa Phil Zanello, cervejeiro caseiro de Piracicaba, sobre o vídeo acima. Trata-de de uma "aula" sobre como era feita cerveja em uma grande fábrica em 1930. A primeira reação não-cervejeira trazida pelas imagens em PB e pela música de fundo foi o desenho Steamboat Willie, do Mickey (um dos primeiros a ter som, criado em 1928). Depois, fiquei curioso em saber por que usavam duas tinas de fervura (ligadas). Conversando com outro cervejeiro caseiro e entusiasta de cervejas alemãs, o Leonardo Botto, soube que era um processo chamado decocção, no qual parte do mosto (líquido adocicado originado da liberação dos açúcares do malte com a fervura, que depois vai virar a cerveja) e o bagaço do malte são levados a outra tina, fervidos e devolvidos ao recipiente original. O objetivo, diz ele, era dar mais "corpo" à cerveja. O melhor, porém, ainda estava por vir. Para conferir a fermentação da cerveja (onde a levedura transforma açúcares em álcool e gás carbônico), o cervejeiro colocava uma vela um pouco acima do líquido. Se ela apagasse (e apaga no vídeo), estava tudo ok. Também chamam atenção os barris de madeira calafetados, que eram usados para a venda da cerveja. Enfim, trata-se de um vídeo que dá em cervejeiros de carteirinha mais novos uma nostalgia do que não tivemos o prazer de conhecer. Há, porém, uma cervejaria brasileira que ainda mantém padrões rústicos muito interessantes. Mas sobre ela eu falo mais adiante...

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