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B.O.B.

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A Copa no copo

Seis das oito seleções que começam hoje a disputar as quartas de final da Copa do Mundo têm cervejas à venda no Brasil, o que permite aos que são tão fanáticos pela bebida quanto pelo esporte montar um ?mata-mata? etílico para acompanhar as partidas. Mas cuidado: um duelo que parece promissor em campo pode ser, no copo, inferior ao mais reles ?arranca-toco x pernetas do fim do mundo?. Por outro lado, a boa notícia é que, se depender das cervejas, faremos uma bela final com os alemães, tal qual pode ocorrer na África do Sul. A pedido dos colegas de Esportes do portal estadao.com.br, que trabalham aqui do lado, dei uma de treinador e montei as escalações possíveis de cada país, cravando o resultado antecipado dos confrontos: Brasil x Holanda: felizmente, nossa seleção cervejeira possui opções melhores do que a Brahma, uma das patrocinadoras da Copa. A defesa poderia ser montada com cervejas mais ?robustas?, como a Baden Baden Red Ale, com seus 9,2% de teor alcoólico, e a Colorado Demoiselle, com 7%. No meio campo, a dose de criatividade ficaria com a Colorado Índica, que leva rapadura, fechando com a Eisenbahn 5, com boas doses de lúpulo, e Eisenbahn Lust, produzida pelo mesmo método de champanhe. Na frente, tabelinha do mesmo time entre a Bamberg Rauchbier, defumada, e Bamberg Bock, mais potente. No lado holandês, há poucas opções nas gôndolas daqui para a escalação, que ficaria mesclada entre representantes da La Trappe, cerveja trapista que tem como destaques a Dubbel e a Tripel, e da Christoffel, em especial a Blonde, uma pilsen bem afiada, e a Bok, robusta. Resultado: o adversário é forte, mas nossas opções de banco são mais variadas e criativas. Ganhamos com dificuldade, mas avançamos. Uruguai x Gana: o duelo no copo promete ser tão ?truncado? quanto o do campo. As representantes uruguaias por estas bandas são tão sem graça quanto 120 minutos de zero a zero. Entre as pilsens fraquinhas Norteña, Patricia, Pilsen e Zillertal, fico com as artesanais da Mastra, que, infelizmente, não são vendidas por aqui. Se alguém conhece alguma cerveja de Gana, parabéns. Não há nem sinal de que alguma delas seja vendida por aqui. Há, porém, uma versão da Guinness, chamada Foreign Extra Stout, que é vendida por lá. Resultado: Empate magro. Se a Guinness for aceita como jogador ?gato? de Gana, o país africano leva no sufoco. Alemanha x Argentina: os alemães bem gostariam que esse duelo fosse decidido no copo. Com mais tradição e qualidade, ganhariam com os dois pés nas costas. O país europeu tem boas marcas à venda no Brasil, como as cervejas de trigo da Schneider, em especial a potente Aventinus. O time todo, aliás, é marcado pela força: Há a Paulaner Salvator, uma doppelbock densa, encorpada, que vale por uma refeição, e a Schlenkerla, uma cerveja tão defumada que lembra bacon na garrafa. Como opção no banco, há a tradicionalíssima e veterana Hofbrau. Os hermanos, coitados, têm um time bem fraquinho por aqui, com marcas como Quilmes, Schneider, Isenbeck e Cordoba: todas pilsens sem brilho. Resultado: Massacre alemão. Espanha x Paraguai: os espanhóis são um time de um ?clube? só, a Damm, de onde vêm seus dois destaques cervejeiros à venda no Brasil: a Bock Damm, que, como diz o nome, é uma bock ?simpática?, e a Inedit, uma witbier de estilo belga, com sementes de coentro e casca de laranja. Não é um esquadrão, mas certamente vende os paraguaios, que sequer têm cervejas à venda aqui ? e mesmo lá são dominados por pilsens sem graça. Resultado: A Espanha vence fácil, mas é pouco provável que sobreviva à semifinal com a Alemanha.

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