Calma. Apesar do título, o blog ainda não foi dominado por um certo clã político do Rio de Janeiro que figura com frequência nos meios de comunicação. Como no chavão cervejeiro-botequístico o termo garotinho designa um copo menor da bebida, achei que cairia bem em duas pequenas pílulas de notícias do final de semana.Vamos lá: 1) Aos cervejeiros que também gostam de produzir os próprios rótulos: vejam sem falta duas exposições grátis no Instituto Tomie Ohtake. Uma sobre rótulos de cachaça através das décadas, a outra sobre propagandas antigas que eram veiculadas nos bondes paulistanos. Ao ver a primeira, fiquei impressionado com o esmero na confecção de alguns dos desenhos (outros são toscos, mas divertidos) e, principalmente, na criatividade dos nomes (como "Calçada Lisa", "Três Tombos", "Direito de Beber", "Pinissilina" e por aí vai), além de muitos buscarem uma contextualização histórica (há referências a Copas do Mundo, à Revolução Constitucionalista dos anos 30 etc). Fiquei pensando se seria possível fazer uma linha do tempo da história do Brasil com base em rótulos de cerveja. Também acho que, salvo algumas produções caseiras e, entre as comerciais, os rótulos da Colorado feitos pelo Randy Mosher e os da Bamberg da lavra do André Clemente, falta um pouco mais de inspiração à primeira aparência das garrafas perante o consumidor. E também de humor. Já a exposição sobre os bondes pode dar alguma inspiração em escolas de desenho mais clássicas (e há algumas propagandas de cerveja também no acervo). 2) Para variar, por razões diversas (entre as quais salvar um manjericão de um ataque de pulgões) não consegui ir a um bom evento cervejeiro ontem: a segunda edição do Curitiba Beer Day, na capital paranaense. Pelas repercussões que já ouvi, parece ter sido bem bacana, com cervejas comerciais e caseiras, além do relançamento de uma boa receita local, a IPA Diabólica, que já foi resenhada no blog durante a Brasil Brau de 2009. Fico devendo a visita aos colegas curitibanos.
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