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B.O.B.

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Melhores de 2012, parte 42: Kathia Zanatta

Mestre-cervejeira e professora do curso de beer sommelier da ABS, de Indaiatuba (SP): 1) MELHOR ALE NACIONAL Wäls 42, a primeira saison nacional. A cerveja é muito equilibrada, refrescante, com personalidade. E explora um estilo ainda pouco difundido no Brasil, que tem tudo pra dar muito certo. 2) MELHOR LAGER NACIONAL Gostei bastante da Bamberg Maibaum. Ela conseguiu trazer muito bem a essência do estilo e também uma história de tradição alemã agregada à cerveja. 3) MELHOR ALE IMPORTADA Aqui poderia responder vários rótulos... são tantas opções! Mas fico com a Estrella Damm Inedit. Ela é uma porta de entrada perfeita para o universo das cervejas especiais, e mostra para o consumidor brasileiro que uma excelente cerveja pode ser financeiramente muito acessível. 4) MELHOR LAGER IMPORTADA Jever Pils. Finalmente uma belíssima e tradicional pilsen alemã disponível no Brasil. Apesar de ser uma cerveja super sensível, todas as vezes em que a tomei fui positivamente surpreendida. 5) MELHOR CHOPE A cerveja, maravilhosa, chegou há pouco no Brasil: Duchesse de Bourgogne. E o chope dela é simplesmente inesquecível... principalmente pra mim, que amo sours! Tomei em Bruxelas, mas fica a dica para o André, da Best Beers (importadora da marca)... segunda etapa! 6) MELHOR BAR CERVEJEIRO Mantenho o Empório Alto de Pinheiros. Diversidade gigantesca, excelente atendimento e bom humor! Além, é claro, de boa comida e preço justo. 7) MELHOR CERVEJA CASEIRA Como não consegui participar dos concursos de cervejeiros caseiros regionais e nacional no ano passado, não provei muitas cervejas caseiras de outros Estados em 2012. No Festival de Blumenau, provei algumas surpreendentes e muito boas! Mas já que tenho de escolher uma só... escolho um cervejeiro só e todas as suas receitas: Rudolf Mayer. Admiro muito a qualidade e criatividade das suas cervejas e meu voto vai para ele, apesar da sacanagem que ele me aprontou certa vez no curso de Mestre em Estilos... né, Rudolf?! 8) MELHOR CERVEJA DO ANO, AQUI OU LÁ FORA Melange A Trois, da cervejaria americana Nebraska. Uma belgian pale ale maturada por 6 meses em barris de chardonnay, simplesmente sensacional. Uma das melhores cervejas que já tomei e que degustamos no curso de Mestre em Estilos, do Instituto da Cerveja Brasil. 9) RÓTULO MAIS BONITO DO ANO Adoro os rótulos da cervejaria Mikkeller, em geral. São criativos, coloridos, farristas, despojados... enfim, atraentes. 10) NOVIDADE DO ANO A conquista da Wäls em trazer Garrett Oliver para fazer uma cerveja colaborativa e melhor, com a cara nacional. Isso mostra que temos competência cervejeira e que podemos somar com grandes nomes do cenário mundial. 11) MELHOR FATO CERVEJEIRO O Festival Brasileiro da Cerveja de Blumenau. Foi muito bem organizado e de sucesso, conseguindo mostrar para o público e para os cervejeiros o potencial que está em nossas mãos para desenvolvimento dessa cultura no Brasil. É tão importante que as microcervejarias se unam e estejam juntas para que o mercado como um todo se fortaleça e lute pelos direitos do setor. Espero que outras edições aproximem cada vez mais estes empresários, cervejeiros e o consumidor. 12) PIOR FATO CERVEJEIRO A qualidade comprometida de muitas cervejas nacionais. Temos, sim, excelentes produtos, mas também muitos rótulos no mercado sendo constantemente produzidos com defeitos sensoriais básicos e graves. É maravilhoso saber que as cervejas especiais ocupam cada vez mais espaço no cenário nacional, mas é importantíssimo que esse crescimento seja robusto e com qualidade. Na minha opinião, antes de mais nada é preciso saber fazer a lição de casa básica primeiro, para, aí sim, crescer de maneira sustentável e criativa.

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