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A propósito dos preços...

Em meu último post, além de comentar sobre o Magari, eu falei do cenário gastronômico em São Paulo pelo ponto de vista das contas - vivemos um momento de refeições preocupantemente caras. Porém, cruzadas contra os preços abusivos à parte, quero reforçar que, independentemente dos valores que saem do bolso, quero mesmo é comer bem. Imagino que vocês queiram também. Curiosamente, se eu for fazer a contabilidade de todos os restaurantes visitados no fim de semana, o menos satisfatório foi o mais barato (considerando o total em reais). É o tal do custo/benefício, um parâmetro difícil de estabelecer, mas que quase todo mundo consegue perceber. É a tal diferença entre preço e valor. De novo, bato naquela minha já desgastada tecla: boa parte do problema está na tal média restauração, que se arvora em haute cuisine. E o público também tem sua parcela de responsabilidade. Paulistanos gostam de taça Riedel, produtos trufados, manobristas e muitos garçons no salão em todo e qualquer lugar. Isso tem custo. Se houvesse um dr. Freud da gastronomia, talvez então ele perguntasse: "Afinal, o que querem os frequentadores de restaurantes?". Da minha parte, não estou pedindo D.O.M. e Jun Sakamoto para o povo - são restaurantes de exceção, não de massa. Nem estou rogando que os estabelecimentos médios cobrem preço de boteco. Só estou propondo que as coisas assumam seu real tamanho - o que depende dos restaurateurs, de um lado,e dos clientes, de outro. Aproveitando, escrevi um post, um ano atrás, que fala mais a respeito. Na média, continuo achando aquilo mesmo (pois posso mudar de ponto de vista, por que não? Como dizia o grande editor Murilo Felisberto, não sou escravo das minhas opiniões; especialmente em comida).

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