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Bebedor de segunda categoria

La vou eu de novo com o serviço de vinho. Falemos das opções apresentadas em taça. Você vai ao restaurante, analisa o que pode ser bebido em copo, escolhe. O garçom traz uma tacinha, pequena, que, quase sempre, será cheia quase a até a boca. Agora, experimente pedir o mesmo vinho, só que em garrafa. Será trazida uma taça grande, melhor, de cristal, no tamanho regulamentar. Por quê? Vamos tentar entender, ainda que seja ilógico. Faça a conta: pedindo pela dose, você estará pagando, proporcionalmente, tanto ou mais do que o preço cobrado pelos 750 ml. É caro, não se esqueça. Portanto, não é um favor que fazem a você, a casa está tendo lucro com a venda. Mas qual a razão de tratar o bebedor de copo como cidadão de segunda categoria? Eles temem que, ao ver uma taça grande, as pessoas peçam uma porção 'mais caprichada'? Ou será que seria uma espécie de estratégia de mercado para estimular o consumo de garrafa. Se o problema é esse, basta medir a quantidade, então, colocar num pichet de 100 ml, 150 ml, sei lá, e aí servir no receptáculo final. Eu não engulo bem essa história. Quando escolho um vinho em taça, e vejo que o restaurante tem copos melhores, exijo tratamento igual. E já aviso: "olha, pode servir o mesmo volume, não precisa ter medo, não vou pedir chorinho". Só quero o devido respeito. É evidente que não vou fazer isso num lugar simples, onde louças e congêneres não tem luxos. É preciso ter bom senso também na hora de ser chato. Mas nos lugares mais bem equipados - e que adotam essa política equivocada de serviços - eu faço questão de deixar claro o meu ponto. Pior ainda é quando vem aquela garrafa aberta, de conservação discutível... Mas este é um assunto que rende tanto que merecerá um outro post.

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