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Des critiques

A questão nem é atual. Mas vamos lá. Foi minha mulher quem levantou a dúvida: Anton Ego, o enigmático crítico do filme Ratatouille, foi inspirado no personagem do livro La Gourmandise (A Morte do Gourmet), de Muriel Barbery? Aquela obsessão pela busca do grande sabor da vida etc etc? Não vi referências oficiais. Não achei comparações diretas. No filme da Pixar, o próprio restaurante do chef Gousteau foi composto usando um caldeirão de referências, de cacos de restaurantes reais. O mesmo critério, segundo o estúdio, foi usado para construir a figura de Ego, uma espécie de caricatura de crítico, muito provavelmente modelado a partir de diversas fontes. Faria todo sentido se o gourmet de Burbery estivesse entre tais matrizes. Falando ainda de críticos, agora de uma maneira mais heterodoxa, tropecei com outra informação que, desta vez, me virou o estômago. O assunto envolve um assassino japonês chamado Issei Sagawa que, em 1981, matou e (desculpem) comeu partes do corpo de uma jovem holandesa, em Paris. O canibal foi preso, alegou problemas psiquiátricos, foi solto anos depois. Agora, o que mais me espantou: descobri que, durante um tempo, ele foi contratado como crítico gastronômico por uma revista japonesa. Até hoje, no Japão, eventualmente ele se mete com comida, escrevendo ou apresentando receitas na TV. É um sujeito famoso, apesar da barbaridade que cometeu. Como cheguei na história desse maluco? Ele inspirou pelo menos duas músicas conhecidas no universo do pop/rock. Too Much Blood, dos Rolling Stones. E La Folie, dos Stranglers, um de meus grupos preferidos dos anos 80. Por acaso, eu ouvia esta canção no fim de semana (o clipe tem aqui). Pardonnez-moi. Juro que volto com um assunto melhor no próximo post. (Mas ao menos La Folie é uma bela e estranha canção)

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