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Em Roma, faça como o Piperno

Passeando por Roma, este foi um ótimo momento. No Ghetto, o bairro judaico, fizemos um agradável almoço no Piperno. Começamos, claro, com as carciofi alla giudia, os fundos de alcachofra irresistivelmente fritos, um clássico da casa; e com flores de abóbora empanadas e fritas, com um delicioso recheio de peixe. Já tínhamos tentado as fiori di zucca em outro restaurante, e foi apenas razoável. Desta vez, estavam perfeitas, revelando a expertise do Piperno com a técnica da fritura. Depois, provamos algumas massas, como espaguete ao vôngole, nhoque ao fontina e espaguete cacio e pepe - um prato típico romano, que aprecio muito, e que chegou à mesa com muito pecorino e bastante pimenta, como se pode ver pela foto. Estava gostoso, mas no limite do desequilíbrio. E nos divertimos com o veterano garçom que nos atendeu, que ficou contentíssimo com o fato de termos apreciado nossas escolhas. Veterano, diga-se, é uma qualificação que se estende a todos os profissionais do salão. Quase todos tinham cabelos totalmente brancos. Restaurante fundado em 1860, o Piperno tem ambiente sóbrio, austero, ainda que não seja luxuoso. Móveis pesadões, paineis de madeira. Recebe principalmente a colônia que mora nos arredores, mas brasileiros parecem bem-vindos, especialmente os que se dispõem a conversar sobre velhos ídolos do time da Roma, como Falcão e Aldair. E relembrando aqui a visita, escrevendo este post, eu confesso. A memória das alcachofras me deu uma tremenda fome. Mas o pior não é isso. Elas deveriam estar na imagem que ilustra este texto, mas não deu tempo. Foram extintas tão rapidamente que nada restou para a foto.Piperno:Monte dé Cenci, 9,  39 06 6880 6629

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