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O gosto de junho

Não dou muita bola para quadrilhas ou para barracas de prendas, desculpe dizer. Mas gosto muito dos quitutes ditos juninos. Mais ainda, aprecio as matérias-primas usadas nas receitas típicas. Falei deste assunto recentemente, em meu comentário semanal na Rádio Estadão. Alguns ingredientes, lembrados apenas nas festas dessa época, deveriam ser mais explorados ao longo do ano. Ou, se for o caso, ao menos no outono/inverno. Citei o milho branco, a quirera (de milho ?amarelo, mesmo) e, especialmente, o pinhão ?abundante nos Estados mais ao Sul, e que considero um item dos mais subestimados. Mas não me refiro apenas ao pinhão cozido, por si só já irresistível. Penso na sua utilização em saladas, farofas, arroz. Ou como guarnição para um assado, o que fica muito bom. Eu sei que, para muita gente, algumas coisas pesam contra o produto. Como preguiça em descascar (o que pode ser atenuado pelo jeito de cortar antes de cozinhar na pressão; por eventuais acessórios descascadores; ou por comprar já cozido e sem casca). E alto teor calórico. Porém, aqui entre nós, poucos ingredientes têm mordida tão agradável, tanta complexidade de sabor entre doçuras e notas herbáceas. E cai muito bem acompanhando um pernil assado, um frango... Enfim, não tem muito segredo. É o pinhão cozido e depois finalizado no famoso método ?puxado na manteiga?. Ou refogado, com as gorduras e temperos que mais agradarem. Fica bom, e está barato.

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